Carlos Eduardo tinha 15 anos. Nas semanas antes de partir, algo nele mudou. Ele começou a se desapegar das coisas materiais, como se a alma pressentisse o que estava por vir. Conversava com os pais sobre esse "desligamento natural". Eles achavam que era apenas fase de adolescente religioso. Mas não era. No dia 22 de novembro de 1980, Carlos fez suas orações habituais, deitou na cama e adormeceu.
E não acordou mais.
Mas, semanas depois, a família recebeu uma carta psicografada por Chico Xavier com as palavras de Carlos.
E ele contou o que aconteceu:
"Adormeci, depois das preces habituais, com a intuição de que algo extraordinário estava para acontecer. Lá dentro — dentro do meu íntimo — chegara a certeza de que meu tempo na Terra estava se esgotando.
"Depois desse sono, senti-me envolvido numa atmosfera leve. Respirando um ar diferente. Como num sonho de extrema beleza. Muitos amigos me assistiam. Conheci o Dr. Bezerra, o Dr. Alcides de Castro... Entre as paredes do meu quarto havia uma festa de luz.
"E foi aí que vi: meu corpo repousando, como uma escultura que estivesse me esperando. Minha ligação com a vida física tinha terminado."
Mas mesmo com todo o amparo espiritual, a notícia da própria morte o abalou profundamente:
"Apesar de tanto socorro, ao me cientificar de que minha desencarnação se completara, um abatimento difícil de explicar me dominou. Quis ir até outros cômodos da casa. Abraçar meus pais e irmãs. Mas o impacto daquela revelação me imobilizava."
Carlos foi levado a um lar-hospital espiritual.
E, lá, pôde acompanhar à distância os sentimentos da família:
"Surpreendi os pais queridos chorando em separado. E uni meus votos aos votos da família. Porque se pediam a Deus por minha paz, era minha obrigação rogar pela tranquilidade deles."
Com o tempo, Carlos aceitou sua nova realidade e começou a vislumbrar um novo propósito: continuar servindo, mas agora do plano espiritual. E fez um pedido à mãe:
"Perdoe-me, se lhe disser que anseio trabalhar ao seu lado na Pediatria homeopática, a fim de servirmos a tantas crianças que precisam preservar a saúde. Não desejo estagnar meus estudos. E justamente na Homeopatia reencontro campo propício ao meu novo serviço."
Ele via no trabalho com crianças um novo vínculo com a mãe:
"A saudade é nossa. Saudade que se nos fará bênção de alegria quando estivermos juntos à cabeceira dessa ou daquela criança doente. Nosso trabalho será uma estrela que começará a brilhar e se estenderá, criando alegria para os outros."
E, ao encerrar a carta, Carlos deixou uma mensagem que consolou a família:
"Estou muito sensibilizado para dizer 'até depois'. Afinal, a gente nunca se separa. Não será melhor afirmar: todos estamos juntos? Vejam-me no amor com que os tenho incessantemente na memória. E recebam juntos o coração inteirinho do filho que lhes deve tanto."
E não acordou mais.
Mas, semanas depois, a família recebeu uma carta psicografada por Chico Xavier com as palavras de Carlos.
E ele contou o que aconteceu:
"Adormeci, depois das preces habituais, com a intuição de que algo extraordinário estava para acontecer. Lá dentro — dentro do meu íntimo — chegara a certeza de que meu tempo na Terra estava se esgotando.
"Depois desse sono, senti-me envolvido numa atmosfera leve. Respirando um ar diferente. Como num sonho de extrema beleza. Muitos amigos me assistiam. Conheci o Dr. Bezerra, o Dr. Alcides de Castro... Entre as paredes do meu quarto havia uma festa de luz.
"E foi aí que vi: meu corpo repousando, como uma escultura que estivesse me esperando. Minha ligação com a vida física tinha terminado."
Mas mesmo com todo o amparo espiritual, a notícia da própria morte o abalou profundamente:
"Apesar de tanto socorro, ao me cientificar de que minha desencarnação se completara, um abatimento difícil de explicar me dominou. Quis ir até outros cômodos da casa. Abraçar meus pais e irmãs. Mas o impacto daquela revelação me imobilizava."
Carlos foi levado a um lar-hospital espiritual.
E, lá, pôde acompanhar à distância os sentimentos da família:
"Surpreendi os pais queridos chorando em separado. E uni meus votos aos votos da família. Porque se pediam a Deus por minha paz, era minha obrigação rogar pela tranquilidade deles."
Com o tempo, Carlos aceitou sua nova realidade e começou a vislumbrar um novo propósito: continuar servindo, mas agora do plano espiritual. E fez um pedido à mãe:
"Perdoe-me, se lhe disser que anseio trabalhar ao seu lado na Pediatria homeopática, a fim de servirmos a tantas crianças que precisam preservar a saúde. Não desejo estagnar meus estudos. E justamente na Homeopatia reencontro campo propício ao meu novo serviço."
Ele via no trabalho com crianças um novo vínculo com a mãe:
"A saudade é nossa. Saudade que se nos fará bênção de alegria quando estivermos juntos à cabeceira dessa ou daquela criança doente. Nosso trabalho será uma estrela que começará a brilhar e se estenderá, criando alegria para os outros."
E, ao encerrar a carta, Carlos deixou uma mensagem que consolou a família:
"Estou muito sensibilizado para dizer 'até depois'. Afinal, a gente nunca se separa. Não será melhor afirmar: todos estamos juntos? Vejam-me no amor com que os tenho incessantemente na memória. E recebam juntos o coração inteirinho do filho que lhes deve tanto."
(Do livro "Cartas do Coração" - Chico Xavier, por Diversos Espíritos)
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