FRANÇOIS DELEUZE
Foi naturalista, botânico e Bibliotecário do Museu Nacional de História Natural de Paris, um grande expoente do estudo do magnetismo animal no século XIX, além de tradutor francês. Deleuze nasceu no dia 12 de abril de 1753 na cidade de Sisteron, de uma família nobre dessa cidade localizada no sudoeste da França. Em 1772 começou a estudar matemática em Paris, preparando-se para a carreira militar. Não tendo recebido nomeação para nenhuma função militar, retornou para sua cidade natal, onde tornou-se segundo-tenente de infantaria. Três anos depois, sua tropa foi dissolvida. Deixando o serviço militar, ele iniciou a dedicar-se às ciências naturais.
Ao estudar tais ciências, voltou sua dedicação mais particularmente aos seus estudos no campo da botânica tornando-se assistente de Antoine Laurent de Jussieu (1748-1836). Em 1787, voltou a Paris, onde fez amizades com o botânico L'Héritier de Brutelle (1746-1800), que durante algum tempo lhe ensinou as práticas de botânica. Em 1795, foi nomeado Naturalista assistente do Museu de História Natural de Paris, onde publicou os Anais do Museu, tendo o primeiro volume sido lançado em 1802 sob sua liderança. O gênero de plantas chamado Leuzea foi dedicado a Deleuze pelo botânico francês Augustin Pyrame de Candolle. Em 1828 tornou-se bibliotecário do museu, cargo que ocupou até 1834.
Enquanto residia numa cidade próxima a Sisteron, em 1785, leu pela primeira vez uma descrição sobre as curas realizadas na cidade francesa de Buzancy, às quais não despendeu qualquer credibilidade. Ele cria serem aqueles relatos a mais pura invenção e que os adeptos do mesmerismo fossem loucos. Tempos depois, sabendo que seu amigo M. D. d'Aix, tinha ido ver Mesmer em M. Servan's e, retornando a Aix, conseguira produzir o sonambulismo, Deleuze resolveu dar o ar da possível confiança.
“Eu realizei a viagem a pé, explorando a botânica, e cheguei em Aix no segundo dia ao meio-dia, tendo andado desde as quatro horas da manhã. Imediatamente trasmiti ao meu amigo o objetivo de minha viagem, desejando que ele me dissesse o que pensava dos prodígios de que eu tinha ouvido falar; ele sorriu e disse calmamente: "Espere e veja por si mesmo; a paciente estará aqui em três horas".
"No final desse período ela chegou e, com ela, várias pessoas que formaram uma corrente. Juntei-me à corrente e em poucos minutos vi a paciente dormindo. Olhei com espanto, mas também adormecendo em menos de quinze minutos, deixei de observar. Durante meu sono, falei muito e estava tão animado que perturbava a corrente. Quando acordei, não me recordava disso e encontrei todos rindo à minha volta. No dia seguinte, em vez de dormir, observei os outros e desejei que meu amigo me ensinasse os processos. No meu regresso para casa, tentei magnetizar os doentes que estavam em povoados vizinhos.[...] Dessa maneira eu obtive alguns resultados muito curiosos e benéficos, que fortaleceram minha própria fé.”
Após estes e outros experimentos em um espaço não muito grande de tempo, Deleuze já não negligenciava nenhuma oportunidade de investigar fatos e fenômenos magnéticos. Ele foi autor de inúmeras obras literárias e também tradutor, sua reputação, no entanto, deve-se a seus escritos sobre o magnetismo animal. Sendo ele discípulo direto de Mesmer, foi um ávido seguidor dos seus ensinamentos e também do Marquês de Puységur. Juntamente com o Marquês de Puységur (1751-1825) estudou também a hipnose e a sugestão pós-hipnótica.
(Fonte: Wikipedia)
(Trilha sonora: "Maracatu atômico" - Jorge Mautner)
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