Homero Ward da Rosa
HENRIQUE RODRIGUES
HENRIQUE RODRIGUES
Vítima de complicações cardíacas, aos 81 anos, desencarnou no dia 6 de agosto do ano 2002, em Belo Horizonte (MG), onde morava, o estimado irmão e amigo Henrique Rodrigues. Nasceu no bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro, de família humilde e descendência espanhola. Posteriormente, radicou-se em Belo Horizonte. Viúvo, deixa uma filha, Marina, jornalista, correspondente da Rede Globo em Belo Horizonte, e um filho, Sérgio, diretor da Pirelli, em Milão, na Itália. Teve a acompanhá-lo, nos últimos anos, a sua querida Lourdes, companheira de todos os momentos.
Era eletrotécnico formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro e especialista em Eletrônica Médica, pela General Eletric X Ray, em Detroit, EUA. Especializou-se em Psicobiofísica e Parapsicologia.
Henrique era presidente do Centro de Estudos Psicobiofísicos de Belo Horizonte. Proferiu conferências e cursos em quase todos os estados do Brasil e em vários países da América do Sul, nos EUA, e em muitos países da Europa. Entre outros destaques, foi laureado com o prêmio Ernesto Bozzano, no 2º Congresso Internacional de Parapsicologia, realizado na cidade de Gênova, Itália, em 1972. Juntamente com o professor Hernani Guimarães Andrade desenvolveu as primeiras câmaras Kirlian fora da ex-União Soviética.
Foi o único parapsicólogo brasileiro convidado oficialmente para apresentar suas teses e inventos no Museu Arqueológico de Moscou e no Auditório Hermitage, de Leningrado, pelas suas pesquisas com a câmara Kirlian, e pela invenção do Gotejador Psicocinético.
Foi membro atuante das seguintes instituições de Parapsicologia: Universidade Kennedy, de Buenos Aires; Instituto Superior del Professorado de Rafaela, Argentina; Sociedade Espanhola de Parapsicologia; Sociedade Italiana de Metapsiquica; Instituto Venezuelano de Parapsicologia; Instituto de Parapsicologia da Flórida; Sociedade Exotérica Alemã.
É autor das seguintes obras: Parapsicologia em Confronto com as Ciências Exatas; Nuevas Dimensiones del Hombre y de la Vida; Em Busca da Matéria Psi (em parceria com Mário B. Tamassia); Contos que a Vida Conta; A Ciência do Espírito; Vidas em Retalhos; Histórias Humanas; A Psicobifísica nos Problemas Humanos; Lições da Vida; Presente, Passado e Futuro; Novo Milênio; O Homem – Uma aventura entre infinitos; Sexo, TVP, Clones e outros temas, além de haver escrito diversos artigos em revistas e jornais brasileiros e estrangeiros.
“Henricão”, como costumávamos, carinhosamente, chamá-lo, amava viver e sempre procurou fazê-lo o melhor que pode. Estudioso, pesquisador, não se omitia em falar sobre qualquer assunto de interesse doutrinário espírita, por mais polêmico e controverso que fosse considerado. Aliás, quanto mais difícil o tema, mais estimulava sua permanente curiosidade; logo se interessava em esmiuçar, estudar e entender a questão.
Pensador lúcido, defendia as suas idéias apaixonadamente, porém sempre alicerçado no raciocínio lógico sobre a dinâmica inteligente da vida. Para ele, não era bastante dizer “eu acho”, era necessário poder afirmar “eu sei”; mas, para tanto, recomendava o estudo, a reflexão, a observação e a análise criteriosa dos fatos. Lembro que em sua última vinda a Pelotas, em setembro de 2001, a convite dos organizadores do II S.G.P.E - Simpósio Gaúcho do Pensamento Espírita, onde foi um dos palestrantes, Henrique várias vezes citou Kardec, para lembrar que “os fatos são um argumento sem réplica”.
Com seu jeito franco de dizer o que pensava, estabeleceu muitos debates, tanto no meio espírita quanto fora dele. Uma de suas mais intensas polêmicas foi com o padre Quevedo. Afirmava que a “psicologia quevediana” é composta de “hilariantes fantasias, cuja única finalidade é o combate ao Espiritismo”.
“Tio Henrique”, parecia mais um avô afetuoso e compreensivo quando em contato com os jovens. A atuante juventude espírita pelotense do GAEE (Grupo de Arte e Expressão Espírita), nos anos 80, que o diga. Gostava de sentar-se ao redor do fogo da lareira para filosofar sobre Espiritismo com o Paulo Cézar Rosa Martins, o Conceição Advaz Monsan da Silva, a Tânia Maria Mello, o Sérgio Luís da Silva Lopes, o André Macedo, a Silvia Elaine Cardoso, a Josette (a quem chamava mamãezinha) e a Sidérea Daunis Ferreira, o Mauro Mello, a Marialba dos Santos Torres, a Rejane da Silva Peres, a Aline e a Daniele Souza, a Ana, o Betinho Tavares, o Jesualdo Freitas e os seus irmãos Antúlio e Júlio (Tito), o Eduardo e o Jesus Matarredona. Brincalhão e divertido, entre os seus muitos “causos” e piadas, abordava e esclarecia as mais intrincadas dúvidas que os adolescentes lhe propunham, e entrava a madrugada, sem nenhuma pressa ou preocupação com o horário.
Henrique Rodrigues foi um espírita de coragem; não tinha medo de expor o que pensava. Com seu modo risonho e simples de ser, tornava-se grave e altivo ante os poderosos e indignado frente às injustiças. Integrado ao pensamento progressista da CEPA, apoiava a atualização do Espiritismo, tendo escrito no jornal “O Comunicador Espírita”, n. 35, de abril de 1992, editado pela Sociedade Espírita Casa da Prece, de Pelotas, um artigo sob o título “Atualizar o Espiritismo”, afirmando: “Toda a CIÊNCIA que não se atualiza, definha e é desprezada. Kardec fala ainda nas consequências MORAIS, e moral está mais para HONESTIDADE e não para RELIGIÃO”.
Era eletrotécnico formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro e especialista em Eletrônica Médica, pela General Eletric X Ray, em Detroit, EUA. Especializou-se em Psicobiofísica e Parapsicologia.
Henrique era presidente do Centro de Estudos Psicobiofísicos de Belo Horizonte. Proferiu conferências e cursos em quase todos os estados do Brasil e em vários países da América do Sul, nos EUA, e em muitos países da Europa. Entre outros destaques, foi laureado com o prêmio Ernesto Bozzano, no 2º Congresso Internacional de Parapsicologia, realizado na cidade de Gênova, Itália, em 1972. Juntamente com o professor Hernani Guimarães Andrade desenvolveu as primeiras câmaras Kirlian fora da ex-União Soviética.
Foi o único parapsicólogo brasileiro convidado oficialmente para apresentar suas teses e inventos no Museu Arqueológico de Moscou e no Auditório Hermitage, de Leningrado, pelas suas pesquisas com a câmara Kirlian, e pela invenção do Gotejador Psicocinético.
Foi membro atuante das seguintes instituições de Parapsicologia: Universidade Kennedy, de Buenos Aires; Instituto Superior del Professorado de Rafaela, Argentina; Sociedade Espanhola de Parapsicologia; Sociedade Italiana de Metapsiquica; Instituto Venezuelano de Parapsicologia; Instituto de Parapsicologia da Flórida; Sociedade Exotérica Alemã.
É autor das seguintes obras: Parapsicologia em Confronto com as Ciências Exatas; Nuevas Dimensiones del Hombre y de la Vida; Em Busca da Matéria Psi (em parceria com Mário B. Tamassia); Contos que a Vida Conta; A Ciência do Espírito; Vidas em Retalhos; Histórias Humanas; A Psicobifísica nos Problemas Humanos; Lições da Vida; Presente, Passado e Futuro; Novo Milênio; O Homem – Uma aventura entre infinitos; Sexo, TVP, Clones e outros temas, além de haver escrito diversos artigos em revistas e jornais brasileiros e estrangeiros.
“Henricão”, como costumávamos, carinhosamente, chamá-lo, amava viver e sempre procurou fazê-lo o melhor que pode. Estudioso, pesquisador, não se omitia em falar sobre qualquer assunto de interesse doutrinário espírita, por mais polêmico e controverso que fosse considerado. Aliás, quanto mais difícil o tema, mais estimulava sua permanente curiosidade; logo se interessava em esmiuçar, estudar e entender a questão.
Pensador lúcido, defendia as suas idéias apaixonadamente, porém sempre alicerçado no raciocínio lógico sobre a dinâmica inteligente da vida. Para ele, não era bastante dizer “eu acho”, era necessário poder afirmar “eu sei”; mas, para tanto, recomendava o estudo, a reflexão, a observação e a análise criteriosa dos fatos. Lembro que em sua última vinda a Pelotas, em setembro de 2001, a convite dos organizadores do II S.G.P.E - Simpósio Gaúcho do Pensamento Espírita, onde foi um dos palestrantes, Henrique várias vezes citou Kardec, para lembrar que “os fatos são um argumento sem réplica”.
Com seu jeito franco de dizer o que pensava, estabeleceu muitos debates, tanto no meio espírita quanto fora dele. Uma de suas mais intensas polêmicas foi com o padre Quevedo. Afirmava que a “psicologia quevediana” é composta de “hilariantes fantasias, cuja única finalidade é o combate ao Espiritismo”.
“Tio Henrique”, parecia mais um avô afetuoso e compreensivo quando em contato com os jovens. A atuante juventude espírita pelotense do GAEE (Grupo de Arte e Expressão Espírita), nos anos 80, que o diga. Gostava de sentar-se ao redor do fogo da lareira para filosofar sobre Espiritismo com o Paulo Cézar Rosa Martins, o Conceição Advaz Monsan da Silva, a Tânia Maria Mello, o Sérgio Luís da Silva Lopes, o André Macedo, a Silvia Elaine Cardoso, a Josette (a quem chamava mamãezinha) e a Sidérea Daunis Ferreira, o Mauro Mello, a Marialba dos Santos Torres, a Rejane da Silva Peres, a Aline e a Daniele Souza, a Ana, o Betinho Tavares, o Jesualdo Freitas e os seus irmãos Antúlio e Júlio (Tito), o Eduardo e o Jesus Matarredona. Brincalhão e divertido, entre os seus muitos “causos” e piadas, abordava e esclarecia as mais intrincadas dúvidas que os adolescentes lhe propunham, e entrava a madrugada, sem nenhuma pressa ou preocupação com o horário.
Henrique Rodrigues foi um espírita de coragem; não tinha medo de expor o que pensava. Com seu modo risonho e simples de ser, tornava-se grave e altivo ante os poderosos e indignado frente às injustiças. Integrado ao pensamento progressista da CEPA, apoiava a atualização do Espiritismo, tendo escrito no jornal “O Comunicador Espírita”, n. 35, de abril de 1992, editado pela Sociedade Espírita Casa da Prece, de Pelotas, um artigo sob o título “Atualizar o Espiritismo”, afirmando: “Toda a CIÊNCIA que não se atualiza, definha e é desprezada. Kardec fala ainda nas consequências MORAIS, e moral está mais para HONESTIDADE e não para RELIGIÃO”.
Independente, livre-pensador, sempre buscou a verdade, onde quer que se encontrasse; não se intimidava nem se curvava aos interesses mesquinhos dos conservadores. Por isso, a sua inteligência e as suas ideias não obtiveram o merecido reconhecimento do movimento espírita brasileiro, predominantemente religioso. Uma pena! Infelizmente, grande parte dos companheiros se submetem às estruturas das instituições espíritas tradicionais, onde tendem a não pensar criticamente; a recomendação é para que leiam apenas os livros autorizados, já revistos e aprovados por uma comissão de notáveis, e até para ouvir uma palestra convém consultar os “superiores”, os chefes, pois a “tribuna espírita” requer cautela. Esse sectarismo, típico da conduta religiosa, limita a busca do conhecimento e atrasa o crescimento intelectual. Com tal atitude submissa, nossos companheiros perderam a oportunidade de refletir e aprender, gratuitamente, com alguém que, ao invés de repetir a cansativa ladainha oficial, tinha muito mais a acrescentar, como Henrique Rodrigues.
Até breve, querido amigo, você fez história. Muito obrigado por sua dedicação ao estudo das grandes questões da vida e do homem. Em Pelotas, várias gerações de espíritas, desde os anos 80, tiveram o privilégio de poder debater ao vivo suas ideias e, estimulados por elas, se encaminharam ao Espiritismo verdadeiro que, ao contrário do que pensam certos segmentos oficiais, não usa “estratégias de marketing” para convencer seus adeptos. Em verdade esse não é o seu objetivo. O espírita a si mesmo se convence quando, por livre-arbítrio, decide iniciar a sua reforma íntima, com amor e respeito à vida, subsidiado pela razão. O Espiritismo é uma doutrina a-religiosa, que estimula o livre pensar, e que, portanto, é necessariamente crítica, evolucionista, se atualiza e só assim torna-se “fé inabalável... que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade”.
Até breve, querido amigo, você fez história. Muito obrigado por sua dedicação ao estudo das grandes questões da vida e do homem. Em Pelotas, várias gerações de espíritas, desde os anos 80, tiveram o privilégio de poder debater ao vivo suas ideias e, estimulados por elas, se encaminharam ao Espiritismo verdadeiro que, ao contrário do que pensam certos segmentos oficiais, não usa “estratégias de marketing” para convencer seus adeptos. Em verdade esse não é o seu objetivo. O espírita a si mesmo se convence quando, por livre-arbítrio, decide iniciar a sua reforma íntima, com amor e respeito à vida, subsidiado pela razão. O Espiritismo é uma doutrina a-religiosa, que estimula o livre pensar, e que, portanto, é necessariamente crítica, evolucionista, se atualiza e só assim torna-se “fé inabalável... que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade”.
(Fonte: espiritnet.com.br)
(Trilha sonora: "A morte do vaqueiro" - Luiz Gonzaga)
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