Francisco Muniz
Com essa mudança paradigmática, o tema Ecologia tornou-se comum: virou matéria escolar e passou a ocupar espaço no noticiário. Jornais e revistas especializadas passaram a discutir a necessidade de se adotar práticas de proteção e preservação do meio ambiente, como forma de garantir mais qualidade de vida às populações, principalmente nas grandes cidades.
Assim, diversas ações vêm sendo promovidas por entidades governamentais e não governamentais (ONG), em parceria ou não com a iniciativa privada. Um exemplo é a cultura dos três R - reduzir, reciclar e reutilizar -, voltada para a educação dos consumidores quanto ao destino das embalagens de produtos industrializados.
A preocupação com o uso da água, com a produção de energia e com a destinação do lixo tem levado governos e empresários a empreender esforços no sentido de equilibrar a oferta e administração dos recursos e excedentes. Para se ter uma ideia, a previsão é de que até 2025 sejam produzidas 2,2 bilhões de toneladas de lixo no mundo. O que fazer, se não é possível jogar o lixo fora do planeta?
Enquanto isso, a escassez de água potável ronda os países em desenvolvimento, encarecendo em muito seu beneficiamento para distribuição à população, que paga um preço muito alto pela concessão do serviço.
No panorama das matrizes energéticas, tem sido lenta a substituição das fontes não renováveis, baseadas em combustíveis fósseis, por outras consideradas limpas, como a energia solar e a eólica.
Terra mãe
Também naquele período se resgatou o conceito esotérico de que nosso planeta é um organismo vivo que tanto se oferece dadivosamente em benefício de seus filhos, os homens, quanto se ressente das agressões que lhe perpetramos. É a Teoria ou Hipótese Gaia, segundo a qual a Terra possui a capacidade de autossustentação, ou seja, é capaz de gerar, manter e alterar suas condições ambientais.
A julgar assim, veremos a porção rochosa do mundo como o coração pulsando de vida no abrigo de plantas e animais, sendo os rios a veias e artérias por onde flui o “sangue” que fertiliza o solo, tendo as florestas, os mares e o vento como o grande pulmão garantidor da vitalidade, ao influxo da chuva e da luz do Sol.
São ideias bem antigas que se prendem aos tempos em que o paganismo dominava as mentes e o conhecimento da verdade científica estava por se iniciar. Mas os povos antigos, antes que a Civilização ditasse seus conceitos de modernidade, primavam pelo respeito à Terra.
Os nativos norte-americanos, por exemplo, percebendo a grande ambição gananciosa do conquistador europeu, enviaram carta ao presidente dos Estados Unidos criticando o comportamento do homem branco em relação à terra. Essa carta, assinada por um Chefe Sioux, terminava assim: “Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado, aí sim eles verão que dinheiro não se come.”
A sangue e fogo
A multimilenar história do homem na Terra pode ser resumida numa palavra: guerra. Desde tempos imemoriais, o chão do planeta tem sido regado com sangue e adubado com pólvora, fazendo-nos crer que o fruto das sementes plantadas quase unicamente se destina a alimentar soldados.
No livro Palavras do infinito, psicografado por Chico Xavier, o Espírito Humberto de Campos narra, numa bela crônica de além-túmulo, um breve diálogo que teve com um ser elevado que encontrou no Espaço.
Tomando coragem, o cronista dirigiu-lhe a palavra: "Mestre, que podemos fazer para melhorar a situação do orbe terrestre?" - e salientou os pontos de sua preocupação: a família em perigo, a Civilização com suas contradições e o fantasma da guerra sobrepairando (o livro é de 1935!).
"Não há tranquilidade e a Terra parece mais um fogareiro imenso, cheio de matérias em combustão..." - lamentava Humberto. Mas a veneranda Entidade respondeu com humildade e brandura: "Meu filho, esquece o mundo e deixa o homem guerrear em paz!"
Jesus na causa
As palavras do ancião entrevistado por Humberto de Campos ganham sentido se julgarmos que o planeta não é um barco à deriva em sua interminável órbita em torno do Sol nem está a Humanidade entregue à própria sorte. O Cristo, governador deste orbe, do qual é também o construtor cósmico, uma vez tendo, para isso, recebido ordem expressa do Todo Poderoso, a tudo controla, a partir das leis divinas, sábias e perfeitas.
Quando esteve conosco, na distante Palestina de vinte séculos atrás, na personalidade de Jesus, o Messias que não foi aceito pelos poderosos da época, declarou - e Sua voz repercute ainda hoje: "Estais no mundo mas não pertenceis a ele!" Sim, a Terra é nossa habitação, uma das muitas moradas da Casa de nosso Pai, que é o Universo inteiro. Mas aqui habitamos provisoriamente, por muito pouco tempo - que são algumas décadas perante a Eternidade?
Mas, mesmo sendo moradores provisórios, temos o dever de cuidar adequadamente de nossa casa, para que nossa permanência não comprometa o ambiente que nos foi confiado. Como os servos da Parábola dos Talentos, somos chamados a cooperar com o Senhor da Vinha (o mundo inteiro).
Também sob o ponto de vista espiritualista há que ser observada a mudança de paradigma nas questões referentes ao planeta, porquanto se antes se pensava em deixar um mundo melhor para filhos e netos, agora se fala em deixar filhos e netos melhores para o mundo. E isso quer dizer educarmo-nos suficientemente para termos condições de conduzir nossos descendentes no rumo de um progresso sustentável, compatível com as necessidades evolutivas da Terra, pois para cá voltaremos para recomeçar as tarefas inacabadas...
Em 1970, por iniciativa do senador norte-americano Gaylord Nelson, foi criado, no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia da Terra, comemorado anualmente a cada dia 22 de abril. Desde então se modificou o paradigma das discussões acerca do planeta, o que tem proporcionado a ampliação da consciência ambiental em vários países do mundo.
Com essa mudança paradigmática, o tema Ecologia tornou-se comum: virou matéria escolar e passou a ocupar espaço no noticiário. Jornais e revistas especializadas passaram a discutir a necessidade de se adotar práticas de proteção e preservação do meio ambiente, como forma de garantir mais qualidade de vida às populações, principalmente nas grandes cidades.
Assim, diversas ações vêm sendo promovidas por entidades governamentais e não governamentais (ONG), em parceria ou não com a iniciativa privada. Um exemplo é a cultura dos três R - reduzir, reciclar e reutilizar -, voltada para a educação dos consumidores quanto ao destino das embalagens de produtos industrializados.
A preocupação com o uso da água, com a produção de energia e com a destinação do lixo tem levado governos e empresários a empreender esforços no sentido de equilibrar a oferta e administração dos recursos e excedentes. Para se ter uma ideia, a previsão é de que até 2025 sejam produzidas 2,2 bilhões de toneladas de lixo no mundo. O que fazer, se não é possível jogar o lixo fora do planeta?
Enquanto isso, a escassez de água potável ronda os países em desenvolvimento, encarecendo em muito seu beneficiamento para distribuição à população, que paga um preço muito alto pela concessão do serviço.
No panorama das matrizes energéticas, tem sido lenta a substituição das fontes não renováveis, baseadas em combustíveis fósseis, por outras consideradas limpas, como a energia solar e a eólica.
Desse modo se observa a necessidade de se cuidar melhor do planeta. E se tais cuidados podem ser vistos como resultado do amor de seus habitantes, esse mesmo amor precisa ser melhor avaliado.
Terra mãe
Também naquele período se resgatou o conceito esotérico de que nosso planeta é um organismo vivo que tanto se oferece dadivosamente em benefício de seus filhos, os homens, quanto se ressente das agressões que lhe perpetramos. É a Teoria ou Hipótese Gaia, segundo a qual a Terra possui a capacidade de autossustentação, ou seja, é capaz de gerar, manter e alterar suas condições ambientais.
A julgar assim, veremos a porção rochosa do mundo como o coração pulsando de vida no abrigo de plantas e animais, sendo os rios a veias e artérias por onde flui o “sangue” que fertiliza o solo, tendo as florestas, os mares e o vento como o grande pulmão garantidor da vitalidade, ao influxo da chuva e da luz do Sol.
São ideias bem antigas que se prendem aos tempos em que o paganismo dominava as mentes e o conhecimento da verdade científica estava por se iniciar. Mas os povos antigos, antes que a Civilização ditasse seus conceitos de modernidade, primavam pelo respeito à Terra.
Os nativos norte-americanos, por exemplo, percebendo a grande ambição gananciosa do conquistador europeu, enviaram carta ao presidente dos Estados Unidos criticando o comportamento do homem branco em relação à terra. Essa carta, assinada por um Chefe Sioux, terminava assim: “Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado, aí sim eles verão que dinheiro não se come.”
A sangue e fogo
A multimilenar história do homem na Terra pode ser resumida numa palavra: guerra. Desde tempos imemoriais, o chão do planeta tem sido regado com sangue e adubado com pólvora, fazendo-nos crer que o fruto das sementes plantadas quase unicamente se destina a alimentar soldados.
No livro Palavras do infinito, psicografado por Chico Xavier, o Espírito Humberto de Campos narra, numa bela crônica de além-túmulo, um breve diálogo que teve com um ser elevado que encontrou no Espaço.
Tomando coragem, o cronista dirigiu-lhe a palavra: "Mestre, que podemos fazer para melhorar a situação do orbe terrestre?" - e salientou os pontos de sua preocupação: a família em perigo, a Civilização com suas contradições e o fantasma da guerra sobrepairando (o livro é de 1935!).
"Não há tranquilidade e a Terra parece mais um fogareiro imenso, cheio de matérias em combustão..." - lamentava Humberto. Mas a veneranda Entidade respondeu com humildade e brandura: "Meu filho, esquece o mundo e deixa o homem guerrear em paz!"
Jesus na causa
As palavras do ancião entrevistado por Humberto de Campos ganham sentido se julgarmos que o planeta não é um barco à deriva em sua interminável órbita em torno do Sol nem está a Humanidade entregue à própria sorte. O Cristo, governador deste orbe, do qual é também o construtor cósmico, uma vez tendo, para isso, recebido ordem expressa do Todo Poderoso, a tudo controla, a partir das leis divinas, sábias e perfeitas.
Quando esteve conosco, na distante Palestina de vinte séculos atrás, na personalidade de Jesus, o Messias que não foi aceito pelos poderosos da época, declarou - e Sua voz repercute ainda hoje: "Estais no mundo mas não pertenceis a ele!" Sim, a Terra é nossa habitação, uma das muitas moradas da Casa de nosso Pai, que é o Universo inteiro. Mas aqui habitamos provisoriamente, por muito pouco tempo - que são algumas décadas perante a Eternidade?
Mas, mesmo sendo moradores provisórios, temos o dever de cuidar adequadamente de nossa casa, para que nossa permanência não comprometa o ambiente que nos foi confiado. Como os servos da Parábola dos Talentos, somos chamados a cooperar com o Senhor da Vinha (o mundo inteiro).
Também sob o ponto de vista espiritualista há que ser observada a mudança de paradigma nas questões referentes ao planeta, porquanto se antes se pensava em deixar um mundo melhor para filhos e netos, agora se fala em deixar filhos e netos melhores para o mundo. E isso quer dizer educarmo-nos suficientemente para termos condições de conduzir nossos descendentes no rumo de um progresso sustentável, compatível com as necessidades evolutivas da Terra, pois para cá voltaremos para recomeçar as tarefas inacabadas...
Mta coincidência com números da minha trajetória: 22 de abril é uma importantíssima data histórica do meu país e ainda, 1970 o ano do meu nascimento. As questões ambientais e a negligência e falta de comprometimento dos homens reflete bem o estágio de evolução do próprio homem. Mas, ainda que devagar, da minha juventude pra cá já percebi alguma melhora na mentalidade relativa as causas ecológicas.
ResponderExcluirCreio que no meu humilde conceito seja essa a frase "A Civilização com suas contradições " porque o ser humano *alguns muitos*, estam se camuflando de ongs para encherem os bolsos de dinheiro e apenas passarem paliativos pra geral. Pouquíssimos humanos e em geral os apitos são surdos. que acreditam na regeneração da Terra pela consciência humana. Eles gritam, dando idéias, mostrando soluções e os falsos bonzinhos continuam abrindo porteiras deixando a boiada passar em todos o planeta resorts sendo construídos próximo ao mar baiano nordestino e nada se faz para impedir. À beira mar nos mares internacionais não tem mais espaço para se construídos resorts tá então o estado brasileiro aos poucos está se vendendo loteando a parte virgem quase intacta no litoral brasileiro a preço de euro ou dólares. Daí, a Terra não aguentando mais tanta falsa modéstia de um lado vamos somar planetas eles fazem e por debaixo dos panos negociações estão sendo feita a terra não aguenta mais está cobrando o que de fato foi e está sendo tirado dela.Ate o gelo está derretendo e com isso algumas ou várias doenças estão sendo desabonecido com os vírus que estavam lá congeladas há séculos. Daí tanta contradição das doenças que estão voltando até nomes novos estão batizando os vírus talvez para que a população já que estão agindo como zumbis não notem a devastação que está sendo entre humanos e a terra.
ResponderExcluir