Guilherme Bitencourt
(A Caaba, um dos motivos da peregrinação a Meca, na Arábia Saudita.)
Um dia, quando o Shaykh Abd Allah Mubarak (736-798) encontrava-se em Meca, viu em sonho dois anjos descerem dos céus, perguntando-se quantos peregrinos haviam acudido naquele ano: "Seiscentos mil", disse um deles. "E quantos há cuja peregrinação tenha sido aceita?" "Nem um sequer", respondeu o outro anjo. "Entretanto, acrescentou, há em Damasco um sapateiro chamado Ali ibn Mufiq que não efetuou a peregrinação em pessoa; pois bem, sua peregrinação foi aceita e lhe foi concedida a graça dos seiscentos mil peregrinos".
Quando despertou, o shaykh decidiu ir a Damasco conhecer aquele sapateiro. Finalmente o encontrou e lhe contou seu sonho.
Era um ancião que, ao ouvir aquele relato, começou a chorar. Contou que trinta anos antes, após haver poupado, a custa de grandes penas, trezentos e cinquenta moedas de ouro para ir a Meca, soube que seus vizinhos passavam fome. Então, entregou-lhes a soma dizendo-lhes: "Tomem o dinheiro para atender a vossos gastos, esta será a minha peregrinação".
Salve Alá, o grande!
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