Luismar Ornelas de Lima
TAYLOR CALDWELL
Janet Miriam Holland Taylor Caldwell, mais conhecida como Taylor Caldwell, nasceu em setembro de 1900 e desencarnou nos Estados Unidos, em agosto de 1985. Ela foi uma romancista mundialmente famosa. De nacionalidade inglesa, viveu a maior parte de sua vida nos Estados Unidos da América. Autora de uma série de livros extraordinários, muitos dos quais traduzidos para o português, bem como outros que serviram de tema para diversas produções cinematográficas. Dentre sua produção literária, destacamos alguns muitíssimos conhecidos do público brasileiro, como A Glória que Passou (que narra a Atenas de Péricles, século V, a.C., época de ouro de grandes pensadores), Um Pilar de Ferro (a trajetória pessoal e política de Marco Túlio Cícero, um dos maiores oradores, escritores e políticos romanos), Médicos de Homens e de Almas (a história de São Lucas, o evangelista) e O Grande Amigo de Deus (a emocionante vida de Paulo de Tarso).O livro The Search for a Soul - Taylor Caldwell's Psychic Lives ("À procura de uma alma — as vidas psíquicas de Taylor Caldwell"), do escritor americano Jess Stearn (edição da Doubleday, Nova York, 1973), narra o fabuloso mergulho da escritora no passado, através de regressões de memórias por hipnose e do qual Hermínio Corrêa de Miranda produziu uma magnífica crônica publicada na obra Reencarnação e Imortalidade, capítulo 24, editado pela FEB - "Entre a revolta e a dor". Aí ficamos sabendo que, à época de Jesus, Caldwell fora Hannah, a mãe de Maria de Magdala.
O livro, não traduzido ainda para o português, reúne todos os ingredientes de êxito. Jess Stearn (1914 — 2002) foi um autor experimentado, com excelente formação jornalística, tendo grande interesse pelo tema fascinante da pesquisa psíquica, sobre o qual já escreveu várias obras de enorme sucesso, entre as quais Edgar Cayce — o Profeta Adormecido, que por longo tempo encabeçou a lista dos "best-sellers" americanos. Seu livro sobre Taylor Caldwell não destoa dos anteriores. É uma narrativa de quem conhece bem a arte de comunicar-se com elegância e precisão.
Dentre as muitas existências da escritora, resolveram os pesquisadores (o hipnotizador - que no livro não é identificado - e Stearn) levar a paciente ao tempo do Cristo, que ela demonstrou conhecer tão bem nas suas novelas de sucesso.
Realmente, lá está ela, naqueles tempos. Chamava-se, então, Hannah e morava na cidade de Magdala, com o marido, uma filhinha de nome Miriam e sua irmã Halla. Sob o transe, parece embalar Miriam no colo, ao mesmo tempo em que conversa com Halla, a quem conta um sonho estranho e muito nítido. Sonhou que o Messias havia nascido cinco anos antes, na cidade de David. Ela sabia que, segundo as profecias, o Ungido viria envolto em glória e rodeado de anjos, mas ela, Hannah, ouvira os sábios e eles disseram que ninguém o reconheceria e ninguém poria as mãos sobre ele. Ela ouvira isso quando escutava, escondida atrás da cortina, a discussão dos eruditos doutores da lei. Sonhou também que o nome de sua Miriam jamais seria esquecido, porque tanto ela, Miriam, como Hannah estariam com o Messias um dia.
Uma das cenas mais tocantes é o encontro de Hannah com Miriam (Maria), mãe de Jesus, com a qual Hermínio começa sua crônica:
"Não era permitida a presença de mulheres ali porque elas profanavam o sagrado recinto da sinagoga, mas Hannah subira pela escadaria e lá estava, atrás de uma cortina, ao lado de uma jovem senhora que ela conhecia apenas de nome. A moça era linda, de olhos azuis como o céu. Seus cabelos eram quase brancos, como se sobre o dourado claro flutuassem reflexos de prata. Hannah afastou a cortina para que ambas pudessem ver melhor. Lá embaixo um jovem lia, de pé, um texto sagrado. Teria uns cinco anos mais que Miriam, a filha de Hannah. Como era bela a voz dele, pensou Hannah, e, voltando-se para a sua companheira, traduziu seu pensamento em palavras:
- Que bonita voz tem ele.
- É meu filho, disse a outra.
Hannah olhou-a. Era também uma nazarena e parecia tão jovem para ser mãe de um homem no vigor da sua força, aos vinte anos.
E, por algum tempo, ali ficaram lado a lado, em silêncio, atrás da cortina, Hannah, de Magdala, e Miriam, enquanto do recinto sagrado subia a bela voz de Jesus".
*
Apesar dessas experiências reveladoras, Taylor Caldwell jamais acreditou nessas verdades, não admitindo a existência do Espírito nem sua sobrevivência à morte do copo, como também recusava a ideia da reencarnação. Segundo ela dizia a Jess Stearn, tudo isso eram bobagens. Hoje, desencarnada, certamente mudou de opinião...
(Fonte: correioespirita.org.br)
(Trilha sonora: "Janela do dia" - Renata Rosa)
Lida leitura
ResponderExcluirMaravilha. Tenho o livro Médico de homens e de almas. JOSELITAMAGALHAES@GMAIL.COM
Excluir"Médico de homens e almas" vai entrar em minha lista um dia! Abraço, Jô.
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