Galeria da mediunidade extra (XVI)

(Cidália, em tela pintada por Napoleão Figueiredo)

CIDÁLIA BATISTA

Cidália Batista nasceu no dia 05 de fevereiro de 1896, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Casou-se com João Cândido Xavier em 1915, tornando-se madrasta de seus nove filhos, entre eles, Francisco de Paula Cândido, o futuro médium Francisco Cândido Xavier. Cidália e João tiveram mais seis filhos, totalizando 15 crianças, às quais ela sempre dedicou muito amor.

Tinha um grande carinho por Chico Xavier, que na época, ainda criança, estava tendo seus primeiros contatos com os espíritos. Ela sempre lhe apoiou nos momentos difíceis dizendo que estava tudo bem e que tudo o que lhe acontecia seria esclarecido.

Nela Chico encontrou o socorro e os cuidados dos ferimentos que lhe eram impostos por sua madrinha, a cuja guarda João Xavier colocou o menino após a desencarnação de sua primeira esposa, D. Maria João de Deus. Essa madrinha, assediada por Espíritos inferiores, fazia Chico experimentar dores atrozes ao perfurar o corpo do menino com a ponta de garfos, tencionando "curá-lo" da mediunidade precoce, uma vez que Chico não escondia ver a genitora desencarnada.

Cidália Batista Xavier desencarnou em abril de 1931, por conta de uma pneumonia que contraiu. Chico Xavier sempre dizia que Cidália foi como uma segunda mãe em quem podia encontrar o amparo, carinho e o companheirismo para que não desanimasse.

Cidália sempre foi dedicada à sua família, mas além de tudo sempre estava à disposição de todos que necessitassem dela, sendo sempre uma mulher de bem. 

Há um episódio contado por Chico que expressa bem a sabedoria dessa mulher angelical. A família cultivava uma horta no quintal e um dia perceberam que os vegetais estavam desaparecendo e descobriram ser uma vizinha a autora desse sumiço. O que fazer? Para não causar uma inimizade desnecessária, Cidália propôs a Chico oferecer uma cópia da chave do portão do quintal, tornando-a assim também responsável pela horta, cujos produtos eram sempre partilhados com a vizinhança. Desse dia em diante, nada mais desapareceu...

Consta, também, que no dia 30 de junho de 2002, data da desencarnação do grande missionário do Espiritismo nas terras do Cruzeiro que foi Francisco Cândido Xavier, Cidália veio recolher a alma do fiel instrumento do Cristo, tutelado do Espírito Emmanuel, descansando-o em seu colo maternal até transferi-lo, jubilosa, aos braços magnânimos do Cristo Jesus!... 

(Fonte: grupofeller.com.br)

(Trilha sonora: "Se me olvidó - amalucada vida" - Manu Chao y Los Musicarios de Barcelona)