Espíritos do Evangelho (45 e 46)

As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de O Evangelho Segundo o Espiritismo são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. 




45. Luís (Bordeaux, 1861) e 46. Luís, Espírito protetor (Carlshue, 1861)

Parece-nos tratar-se aqui do mesmo Espírito esses dois mensageiros nomeados Luís que se comunicaram em cidades e países diferentes, na França e na Alemanha, porque ambas as mensagens abordam o mesmo assunto: os falsos profetas. Evidentemente, não cremos tratar-se do Espírito Superior São Luís, o anjo protetor da França, sobre quem já comentamos aqui. Assim, vale comentarmos um pouco sobre o tema dessas mensagens, que remete aos avisos de João Evangelista, a fim de refletirmos e fixarmos o aprendizado.

Sobre os falsos profetas, há-os entre encarnados como entre os da erraticidade. Tratando dos primeiros Luís de Bordeaux começa alertando para o fato de que o Cristo não está onde dizem que ele está; devemos pormo-nos em guarda contra semelhantes "profecias", isto sim, seguindo as orientações de Jesus a esse respeito, recordando que se reconhece a árvore pelos frutos: "Se, pois, os frutos são amargos, considerais a ávore má; mas se são doces es audáveis, dizeis: Nada tão puro poderia sair de um tronco mau". Daí podermos ajuizar de que tronco saiu o Espiritismo, que os detratores julgam como doutrina demoníaca.

Já o Luís de Carlsruhe, comentando a passagem do Velho Tetamento sobre "Jeremias e os falsos profetas, trata da exploração das faculdades mediúnicas para ludibriar os incautos, uma vez que a mediunidade é concedida a todos indistintamente, embora nem todos a conduzam com o respeito que ela merece. Segundo Allan Kardec, "a mediunidade é coisa santa e deve ser praticada santamente, religiosmente"; no entanto, há homens bons e menos bons, como os há ciosos de seus deveres e também os irresponsáveis. Assim, desconfiemos sempre de quem se propõe fazer-nos revelações, preferindo, antes, estudarmos o assunto, porque é o esclrecimento que nos libertará dessas imposturas.


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