Cidades do Evangelho (4)

Francisco Muniz

Como sabemos, a Doutrina Espírita teve sua gênese na França, espalhando-se depois por todo o mundo graças ao trabalho exemplar de Allan Kardec e seus colaboradores, simpatizantes do ideal cristão, do qual o Espiritismo é o prosseguimento natural. Essa colaboração na tarefa do Codificador, à semelhança do que o Espírito de Verdade comenta no Prefácio de O Evangelho Segundo o Espiritismo, afirmando que "os Espíritos do Senhor se espalham sobre todos os pontos do mundo", verificou-se também fora da França e do próprio continente europeu. Assim é que mensagens vindas da Argélia, então uma colônia francesa na África, bem como da Alemanha, da Polônia, da Suíça e da Bélgica constam das Instruções dos Espíritos que Kardec apresenta na terceira obra da Codificação, que em 2024 completa seus 160 anos de lançamento. Com a finalidade de continuarmos enriquecendo nossa cultura espírita, voltamos nossos olhos, agora, para as cidades que, pelas razões acima, têm alguma importância na disseminação dos postulados do Espiritismo, conforme a determinação do Cristo aos discípulos de todos os tempos: "Ide e pregai!"

4. Carlsruhe


Cidade independente alemã, capital do distrito homônimo no estado de Baden-Wuerttemberg, Carlsruhe (ou Karlsruhe) destaca-se por seu formato em leque por abrigar a primeira universidade de ensino tecnológico da Alemanha. Por causa disso, a cidade conta, entre sua população, com aproximadamente 40 mil estrangeiros. 

Fundada em 1715, Carlsruhe sediou, em 1860, o I Congresso Internacional de Química. Como outras cidades de Baden-Wurttemberg, desfruta de um dos mais altos níveis de riqueza da União Europeia. Foi lá que nasceu Karl Benz, o inventor do automóvel, assim como o cientista Richard Martin Willstatter (1872-1942), prêmio Nobel de Química de 1915.

A cidade de Carlsruhe entra para a história do Espiritismo por ter sido de lá que o Espírito protetor Luiz (ou Luoz, em alguns edições de O Evangelho Segundo o Espiritismo) transmitiu a mensagem sobre "Jeremias e os falsos profetas" que Allan Kardec aproveitou nas páginas da terceira obra da Codificação espírita.

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