Espíritos do Evangelho (41)

As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de O Evangelho Segundo o Espiritismo são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. 



41. M., Espírito Protetor (Bruxelas, 1861)

Ensina-nos a Doutrina Espírita que todos contamos com a ajuda dos Espíritos desencarnados, voltados ao bem, os quais, pela intuição, buscam nos orientar e auxiliar. Constituídos por entidades amigas, espíritos familiares, desta ou de outras existências, os Espíritos Protetores se incumbem de nos induzir ao esforço do bem e do progresso. Dentre os Espíritos Protetores destacamos os chamados guias espirituais, que se vinculam, particularmente, a um indivíduo para protegê lo.

É o caso desse Espírito que em O Evangelho Segundo o Espiritismo discorre sobre "a verdadeira propriedade" (Cap. XVI) e declina apenas a inicial de seu nome, evitando assim identificar-se. Permite, contudo, voltarmos a enfatizar sua condição de Espírito Protetor.

A missão do Espírito Protetor ou guia espiritual é a mesma de um pai com relação aos seus filhos, ou seja, guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá lo com seus conselhos, confortá lo em suas aflições, etc. Assim como os indivíduos, também os lares, as famílias e as coletividades contam com Espíritos protetores, cuja elevação é sempre relativa à importância da tarefa que desempenha. Em nossas dificuldades cumpre-nos solicitar ajuda dos nossos guias protetores, os quais, em nome de Deus, nos auxiliam na sua superação de nossas provas.

Desde o nascimento até o desencarne e, muitas vezes, na vida espírita, prolongando-se através de muitas existências, o Espírito Protetor se dedica a uma criatura para guiá-la na senda do bem. Se a criatura não atende, absolutamente, aos conselhos de seu guia, este afasta-se, mas não o abandona completamente, permanecendo atento para auxiliar sempre que o seu protegido volta ao caminho necessário.

O Espírito Protetor, anjo da guarda ou bom gênio, é o que tem por missão acompanhar o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É sempre de natureza superior com relação ao protegido. Desde que nos disponhamos ao trabalho edificante, ao estudo ou à prática do bem, contaremos sempre com ajuda dos Espíritos protetores, em caráter individual ou coletivo, pois o Senhor auxilia aos homens através dos Espíritos cumpridores dos seus desígnios.

(Fonte: usemmg.org.br)

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