Galeria da mediunidade - 231

PATRICK DRUOUT

Entrevista (excerto) com o escritor francês Patrick Druot, autor de vários livros, dentre eles: "Somos todos Imortais" e "Cura espiritual e imortalidade".
(Entrevistado pelo Prof. Wagner Borges no seu programa Viagem Espiritual, da Rádio Mundial de SP.)



Olá, amigos ouvintes, muito boa noite. Está aqui no estúdio da rádio, ao vivo, o pesquisador francês Patrick Drouot, internacionalmente conhecido, autor de vários livros, alguns deles editados aqui, em português. Inclusive, há um livro dele excepcional, o "Cura espiritual e imortalidade" (Editora Nova Era - Record), que fala muito de chacras, nádis, kundalini e todas as pesquisas que ele vem fazendo.

Ele busca fazer uma ponte para interpretação desses chamados temas espirituais sob a ótica da Física moderna, unindo a isso o conhecimento xamânico, o conhecimento oriental e fazendo disso uma fusão, um trabalho de pesquisa. Vamos chamar isso de multicultural, porque reúne várias informações num trabalho só. O Patrick Drouot está aqui no Brasil para uma série de conferências e nós conseguimos trazê-lo aqui para o programa; é uma chance muito boa para a gente bater um papo muito bacana.


- Patrick, estamos contentes de tê-lo aqui no programa e gostaria que você nos contasse um pouco de sua história: como você começou e o que o motivou para a pesquisa?

- É uma historia um pouco longa, eu vou resumir vinte anos de trabalho e quinze anos de pesquisas em cinco minutos. Há vinte anos, eu era um homem socialmente normal - eu sou físico teórico - e me interessei pelos fenômenos anormais ligados às atividades cerebrais. Eu estudei o cérebro durante um ano e me especializei em Neurofísica, e eu percebi que os médicos e os neurologistas conheciam somente as atividades da superfície do cérebro, mas ninguém era capaz de me explicar o que é que fazia o cérebro funcionar e ouvi falar de fenômenos que estavam ligados ao conjunto das tradições da humanidade, e que o conjunto das nossas tradições científicas são incapazes de explicar.

Comecei a fazer o que os estudiosos fazem, comecei a estudar. Eu comecei a estudar as diferentes escolas da Índia, principalmente a Kriya Yoga, os elementos do Budismo tibetano e da medicina tibetana, eu trabalhei e vivi com os índios da América do Norte e com as populações da Polinésia do Pacífico do Sul; percebi que essas pessoas tinham um conhecimento excepcional, tipo de herança que nós esquecemos e percebi que eles tinham o que nós podemos chamar de técnicas para abrir a consciência.

Por volta dos anos de 1983-1984 eu comecei a ter experiências que não pertencem ao mundo clássico e a pergunta era sempre a mesma: será que a gente pode explicar esses fenômenos com o avanço da Física Quântica? E, respeitosamente, pelo conjunto de todas essas tradições eu acredito que todos os sábios, todos os xamãs, todos os santos que existiram desde o início eram físicos antes mesmo que a Ciência existisse, porque eles explicavam o que acontecia além da realidade ordinária comum, exatamente o que o avanço da Física quântica tenta fazer atualmente. E, para terminar a resposta a essa questão, eu acredito que essa busca científica do início se tornou uma espécie de missão do Graal: o que é realmente o ser humano?

- Inclusive, os xamãs dos vários povos indígenas sempre falaram desses estados alterados de consciência e, nesse caso, eles são desbravadores, bandeirantes conscienciais muito antes de nós.

- O que deixou os antropólogos estupefatos nos anos 40, 50 e 60 é que nas tradições nativas eles utilizam, como vocês sabem, ritmos de tambor, sejam os polinésios, os índios da América do Norte ou mesmo do Brasil. Os pesquisadores modernos descobriram que o ritmo do tambor corresponde exatamente ao ritmo do cérebro, quer dizer, eles eram capazes de induzir a estados alterados de consciência através dos batimentos expressivos do tambor.

- Isso, sem sombra de dúvida, influencia diretamente as ondas cerebrais.

- Os fisiologistas dos anos 50 percebiam que o cérebro reagia aos sons e às luzes, isso quer dizer que o cérebro vai se colocar em sincronismo com os ritmos repetitivos. O exemplo mais simples e mais conhecido é o metrônomo do hipnotizador.

- Certo, eu sei que você esteve fazendo algumas pesquisas no Instituto do Robert Monroe, nos Estados Unidos, na Virgínia, que você esteve fazendo pesquisas lá com ondas cerebrais e experiências fora do corpo. Eu queria que você comentasse um pouco sobre essas experiências.

- Aconteceu um fenômeno muito particular comigo nos anos 1985-1986, eu não sei se são as experiências que eu comecei a ter alguns anos atrás, eu comecei a ver o duplo, eu comecei a ver o corpo sutil. Ao olhar para alguém era como se um filme passasse diante dos meus olhos e eu sabia, por exemplo, que a pessoa tinha tido um tal acidente, não somente que a pessoa tinha, por exemplo, uma doença, mas eu via a origem dessa doença, e eu sou físico e aí eu ficava perguntando "o que acontece no meu cérebro"? E eu tinha ouvido falar já há alguns anos dos trabalhos do Instituto Monroe, e em 1987 eu fui vê-lo.

E eles têm um laboratório muito bem equipado e contei para ele o que acontecia, porque tinha algo muito estranho acontecendo na minha cabeça, "eu vejo a história das pessoas, olhando para elas. Eu gostaria de fazer experimentos com você, me coloque os eletrodos na cabeça e eu quero saber o que está acontecendo." Eu gostaria de contar para você, Wagner, uma história que para mim foi muito particular. Então, eles me colocaram num quadrado fechado coberto com cobre sobre a cama de água e colocaram eletrodos na minha cabeça ligados ao sistema de informática.

Eu tenho uma particularidade, eu tenho memória visual, eu posso fotografar mentalmente alguém e isso para mim era muito prático quando eu era estudante, porque eu fotografava a lousa, o quadro negro com os escritos do professor e eu lembrava disso em casa. E eles me mostraram a foto de uma mulher, e ela se encontrava a 1.500 km. Eu olhei para a foto e representei-a em luz, eu comecei a descrever a sua vida (eu estava flutuando nessa cama de água): um nódulo canceroso, problemas dentários e a sua vida; eu via o divórcio, o antigo marido e fui voltando na sua vida pouco a pouco.

Vi uma reunião de família com um primo que estava voltando do Vietnã e aos poucos cheguei até a idade de sete anos. Eu estava isolado, eu tinha fones de ouvido e tinha microfone na minha boca, mas ninguém me dizia nada, e eu descrevi essa moça num campo com um disco voador sobre ela; eu fiquei chocado, e pensei: "Eles vão achar que estou ficando louco." E eu disse em inglês: "Estou vendo algo, é um alienígena". E pela primeira vez o diretor do laboratório falou através dos fones de ouvidos: "Seja mais específico", ele disse. E eu disse: "Estou vendo um UFO". Ele pediu: "Você pode se projetar até o UFO?"

E eu disse: "Sim, a minha consciência não é local, eu posso projetá-la no Universo", e me projetei a esse local e, por dez segundos, tive a impressão de me tornar inteligente. Eu soube quem eles eram, sabia o que era a raça humana, tive milhares de informações, alguns aspectos do espaço-tempo e fiquei dez segundos, e saí desse local e a minha consciência se fechou novamente, e perdi cerca de 98% daquilo.

- Inclusive, só interrompendo para acrescentar, eu tive uma experiência dessa também há muitos anos, numa saída do corpo. Eu encontrei alguns seres extraterrestres e eles me passaram uma série de informações em segundos, mentalmente, sobre tudo, origem da humanidade, de onde viemos, para onde vamos, tudo. Na hora que eu encaixei no corpo eu fui perdendo toda a memória, porque o cérebro não aguentava aquela carga de informação.

- E o que era interessante é que o meu cérebro estava ligado ao sistema informático, então ele aparecia na tela do computador, e o que aconteceu é que o cérebro subiu numa frequência que neurologicamente é impossível; o centro do cérebro subiu a 60 hertz; são frequências impossíveis de se atingir normalmente.

- É, porque em ondas Beta, você vai numa faixa de 14 a 30 ciclos.

- Os epilépticos vão até 35.

- É, e isso corresponde também com as oscilações de ondas cerebrais em vários iogues, com o despertar da Kundalini também.

- Exatamente, e aí nós supomos que essas ondas gama, muito elevadas, seriam uma das chaves da mediunidade, e o que foi importante para mim, é que isso foi feito num ambiente estritamente científico, e o que foi interessante é que no dia seguinte, de manhã, veio um comandante psiquiatra da Força Aérea Americana, que trabalhava com os pilotos de testes sobre as variações cerebrais, e para nós então há todo um conjunto da Ciência e da Ciência espiritual que ainda resta ser descoberta.

(...)

(Fonte: ippb.org.br)

(Trilha sonora: "Flor d'água", Banda de Pau e Corda)

Comentários

  1. Com isso, busquei compreender o significado de só conhecermos cerca de 20% da capacidade cerebral humana.

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    1. Como se percebe, temos ainda que muito desenvolver para obtermos um tantinho mais! :)

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