Galeria da mediunidade - 220

GRIGORI RASPUTIN



Grigori Rasputin (1869-1916) foi um monge, fanático religioso e místico russo. Personagem poderoso do final da era czarina, foi favorito da corte do czar Nicolau II e Alexandra Feodorovna. Ganhou fama de ter poderes sobrenaturais, foi chamado de “o monge maluco”. Rasputin nasceu em Pokrovskoie, na Sibéria, no dia 22 de janeiro de 1869. Filho de camponeses, foi registrado com o nome de Grigori Efimovitch Novikn. Ainda pequeno chamava a atenção dos moradores do vilarejo em que vivia, pois acreditavam que ele tinha poderes hipnóticos e de cura.

Na adolescência ele foi para o mosteiro de Verkhoture, nos Montes Urais, para se tornar monge, mas não completou os estudos. Rasputin se casou com 19 anos de idade. Devotado à religião ganhou a reputação de homem santo entre os camponeses. Ainda na juventude, adotou a seita dos flagelantes, a qual pregava o pecado pelo arrependimento que suscita como meio de salvação da alma. Depois de peregrinar ao monte Atos, na Grécia, reapareceu com a fama de poder curar as doenças. Acusado de herege, tornou-se um andarilho.

Em 1903, Rasputim mudou-se para São Petersburgo, onde se radicou dois anos depois. Devido a seus poderes místicos, logo ganhou fama. Em 1905 foi procurado pelo czar Nicolau II e sua esposa, a czarina Alexandra Feodorovna, para curar os sangramentos do filho Alekxei que sofria de hemofilia. Com habilidades para acalmar o príncipe, diminuindo seus sangramentos, conquistou a confiança dos czares e durante cinco anos passou a exercer o papel de conselheiro da czarina. 

Grigori Rasputin influenciava a czarina Alexandra Feodorovna, que defendia sua presença na corte, na crença de que só ele era capaz de salvar a vida de seu filho. Rasputin interferiu também na igreja e nos assuntos de Estado, nomeando ministros, ao mesmo tempo em que os derrubava. Além de seus poderes sinistros, Rasputin era acusado de indecente e incontrolável, uma vez que se dizia capaz de livrar as mulheres de seus pecados e dormindo com elas as ajudava a encontrar a graça divina.

Recebeu seu apelido, que significa “depravado”, pela vida imoral que levava. O que não faltou em sua vida foram acusações e desavenças por causa de seu comportamento. Não demorou muito e sua presença no palácio acabou por gerar críticas e rumores contra a família real. Em 1912, a situação se agravou quando circularam cópias de cartas supostamente escritas pela czarina a Rasputin, as quais sugeriam que eles tinham um caso amoroso. O assunto foi tema de discussão no corpo legislativo e ganhou ampla cobertura dos jornais russos. Diante da crescente intromissão de Rasputin em assuntos políticos e eclesiásticos, formou-se uma conspiração de nobres para acabar com a vida do "monge". 

Grigori Rasputin fez a previsão de que a Rússia cairia em desgraça durante a primeira Guerra Mundial, o que levou Nicolau II a abandonar a corte para comandar o exército, em 1915. Ele e a czarina governavam a Rússia e foram responsáveis, em grande parte, pelo fracasso do imperador em contornar a onda de descontentamentos que antecederam à Revolução Russa. Em 1914, Rasputin sofreu seu primeiro atentado: foi esfaqueado e milagrosamente sobreviveu. Em 30 de dezembro de 1916, um grupo de nobres organizou uma cilada em que Rasputin acabaria envenenado por cianureto durante a refeição. Outras versões contam que o monge ingeriu cianureto em quantidade para matar cinco homens, mas ele não morreu. Teria sido fuzilado ainda vivo e jogado no rio Neva, que estava parcialmente congelado, vindo a morrer afogado.

(Fonte: ebiografia.com)

(Trilha sonora: "Tarcísio", Marsa)

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