Galeria da mediunidade - 218

FÉNELON



Este é o nome literário de François de Salignac de la Mothe, prelado e escritor francês que nasceu no Castelo de Fénelon, em Périgord, em 6 de agosto de 1651. Ordenou-se sacerdote em 1675 e passou a dirigir uma instituição que tinha por objetivo reeducar as jovens protestantes convertidas ao catolicismo e com esse propósito foi enviado pelo rei, na qualidade de missionário, às regiões de Aunis e Saintonge. 
Seu "Tratado da educação das jovens", que veio à luz em 1687, obra dedicada às filhas do duque de Beauvillier, lhe valeu a nomeação de preceptor do duque de Bourgogne.

Aos 42 anos é eleito acadêmico e aos 44 já é arcebispo de Cambrai. A partir da publicação de sua obra "Explicação das máximas dos santos", em 1697, passam a declinar as graças oficiais. Dois anos mais tarde, a Santa Sé condena a obra e ele é privado de seus títulos e pensões. Também cai em desgraça perante Luís XIV, que descobre críticas ao seu governo no romance pedagógico de Fénelon "As aventuras de Telêmaco", no mesmo ano de 1699.

Mesmo no exílio de sua diocese, ele não para de publicar. E no período de 1700 a 1712 publica "Fábulas" e "Diálogos dos mortos', este último escrito para o duque de Bourgogne. Deixa transparecer suas esperanças de uma reforma política em O exame de consciência de um rei, enquanto seu apego à Antiguidade clássica transparece em "Cartas sobre as ocupações da Academia francesa". O dia 7 de janeiro de 1715 assinala a data da sua morte, ocorrida em Cambrai.

Fénelon figura na Codificação espírita em vários momentos, podendo ser citados O Livro dos Espíritos, onde assina Prolegômenos, junto a uma plêiade de luminares espirituais. Igualmente a resposta à questão de nº 917 é de sua especial responsabilidade. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo apresenta-se discursando acerca da Terceira Revelação e da revolução moral do homem (cap. I, item 10); O homem de bem e Os tormentos voluntários (cap. V, itens 22 e 23); A lei de amor (cap. XI, item 9); O ódio (cap. XII, item 10) e Emprego da riqueza (cap. XVI, item 13). Em O Livro dos Médiuns figura no capítulo das Dissertações Espíritas (cap. XXXI, 2ª parte, itens XXI e XXII) desenvolvendo aspectos acerca de reuniões espíritas e a multiplicidade dos grupos espíritas.

Importante assinalar que os destaques são aqueles em que o Espírito assina seu nome, devendo se considerar que deve, como os demais responsáveis espirituais pela Codificação, ter estado presente em muitos outros momentos, dando seu especial contributo, uma vez que foi convidado pelo Espírito de Verdade a compor Sua equipe, em tão grandioso empreendimento.

(Fonte: feparana.com.br)

(Trilha sonora: "Y tú qué has hecho?", Compay Segundo)

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