Galeria da mediunidade - 162

CÉLIA DO CARMO FERREIRA DA SILVA 



Quando Allan Kardec escreveu que a mediunidade é orgânica, e que, todos são médiuns, capazes de registrar em maior ou menor intensidade influências espirituais, o Mundo Ocidental ainda não conhecia o papel da glândula epífise ou pineal no processo de transmissão e recepção de ondas mentais. Hoje, isso não apenas não é novidade para quem estuda o tema, como se sabe que na Antiguidade, várias Civilizações já dispunham de tal informação. A percepção desempenha importante papel entre as realidades multidimensionais, integrando todas, confirmando que a mediunidade em si é neutra, independendo do credo em meio ao qual ela se manifesta de forma mais ostensiva. 

A confirmação disso, encontramos nos fatos reunidos a seguir. Envolvem uma médium apresentada apenas como Dona Célia (Célia Do Carmo Ferreira - 1925 - 2007), que, num subúrbio do Rio de Janeiro, auxiliou e impressionou por décadas, milhares de pessoas desorientadas que, como ela dizia, encontravam em seu trabalho “uma verdadeira boia, à qual se agarravam para não afundar de vez na tristeza e na depressão”. Descrita por Waldemar Falcão, seguidor por anos seguidos, como “uma senhora baixinha, de cabelo bem curto, com dois pares de óculos na ponta do nariz, míope até não mais poder”, revelava suas percepções numa combinação de psicografia e mensagens orais em que “dizia nomes de outros parentes ou amigos presentes ao local da recepção das cartas dos familiares desencarnados sobre os quais procurava-se notícias, provocando reações de emoção, felicidade, tristeza, risos e lágrimas, após receberem informações detalhadas sobre seus entes queridos, com uma ênfase na continuidade da vida após o que chamamos morte”. 

Entre os casos registrados por ele no livro Médiuns notáveis (2003, Nova Era), destacamos um que chama a atenção. Uma senhora que recebia a mensagem oral após a psicografia, ia informando o grau de parentesco às referências de Dona Célia, detendo-se ante uma citação, dizendo não conhecer um nome mencionado. Após breve interrupção em que a médium parecia estar captando algo, ouviu: - “Não tem problema, filha, já sei o que houve. Você não mora na Rua X, numero Y, apartamento Z, Bloco B?. Ante a perplexa confirmação, escutou que "a entidade que deu a informação sabe que você mora no mesmo condomínio que a mãe dela, só que no Bloco A, apartamento W, e que lhe pede a gentileza de, quando voltar para casa, ir até este apartamento e dizer que o desencarnado Fulano de Tal está bem, mais vivo que nunca e manda lembranças". 

Outro depoimento significativo pertence ao artista Augusto Cezar Vannucci que, dois meses após a inesperada morte acidental de seu filho Gabriel, foi levado pela ex-esposa Ingrid, a mãe do rapaz, a conhecer Dona Célia. Conta ele na autobiografia De ave, Cezar a ave, Cristo ( ): - “Mil e quinhentas pessoas se acotovelando num salão imenso. Encontravam-se ali ávidos por receberem mensagens de parentes desencarnados. Foi então que assisti a mais uma prova concreta, incontestável, de que os que partiram estão mais vivos do que nunca. Aquela mulher pequenina, no meio da multidão, recebeu em pouco mais de uma hora cerca de 40 comunicações espirituais endereçadas a pessoas presentes. Era um computador perfeito, com os terminais ligando mundos paralelos. – “Quem é Maria Antônia da Silva? – perguntou D. Célia – que mora no bairro do Caxambi, que tem a carteira de identidade do Félix Pacheco, número 00394421?" 

Uma senhora se levanta chorando e balbuciando: - "Sou eu, sou eu, Dona Célia!" – "Pois seu marido, Antonio Silva, que morreu no hospital Getúlio Vargas, está aqui mandando um abraço e falando para que você não desanime, pois a papelada do INPS já está toda pronta e você não foi buscar. Para você procurar lá Dona Arlete, e já que você perdeu o protocolo, ele lembra que o número é 2330. E tem mais, minha amiga: sua avó Rita, o seu irmão Adolfo, sua madrinha Abigail, todos eles estão junto do seu marido, mandando um abraço”. 

A emoção toma conta de D. Antonia. Todas as pessoas em volta começam a chorar. Ela quer agradecer, mas Dona Célia não permite. E segue em frente numa velocidade de computador. – "Está aqui do meu lado José Luís, dizendo que morreu em desastre de moto; disse que a sua mãe está aqui presente nesta sala e se chama Marisa. E está junto de seu irmão Ricardo". Um grito de emoção vem do meio da multidão. É Dona Marisa, carregando no colo o filho Ricardo. Dona Célia vai direto ao assunto: - "Ele está falando aqui para a senhora não ficar tão desesperada, que a vida continua, que a morte não existe. Que ele está ao lado do vovô Olavo e da vovó Sinhá, que também manda um abraço”. E os contatos vão se processando de maneira de maneira rápida. A extraordinária médium vai levando alento e esperança às pessoas”.

(Fonte: blog As revelações da Revelação)

(Trilha sonora: "Julia Dream", Pink Floyd)

Comentários

Postar um comentário

Abra sua alma!