Galeria da mediunidade - 160

HENRY SLADE


Henry Slade representou importante papel na história do espiritismo, pelo grande poder mediúnico de que era dotado. Slade celebrizou-se pela escrita na lousa, tendo-se exibido, por muitos anos, na América do Norte, de onde mudou para a Inglaterra, realizando, em Londres, inúmeras sessões desse gênero. M. J. Enmore Jones, redator do The Spiritual Magazine e um dos mais conhecidos pesquisadores do psiquismo, dele, diz o seguinte: "No caso de sr. Home, recusou receber um salário e, via de regra, as sessões eram feitas ao anoitecer, no calmo ambiente familiar. Mas no caso do dr. Slade, elas se realizavam numa pensão. Cobra vinte shillings e prefere que apenas uma pessoa fique na sala que ocupa. Não perde tempo: assim que o visitante se senta, começam os incidentes, continuam e terminam em cerca de quinze minutos."

Slade não só produzia a escrita na lousa, como também provocava outros fenômenos de efeitos físicos tais como o arremesso de objetos, materializações de mãos e a execução musical. Certa vez, em uma sessão realizada em plena luz do dia, além de ser obtida a escrita na ardósia, foi também executada, ao acordeon, a peça Home, Sweet Home. Como se vê, Slade era médium dotado de grande poder para a produção de fenômenos de efeitos físicos.

A carreira de Slade, como a da maioria dos médiuns, foi bastante espinhosa. Por acusação de fraude, feita pelo prof. Ray Lankester, foi julgado na Corte de Polícia de Bow Street, perante o juiz Flower. A acusação foi feita pelo sr. George Lewis e a defesa esteve a cargo do sr. Munton. Sobre a autenticidade dos fenômenos produzidos por Slade, falaram Alfred Russel Wallace, Serjeant Cox, além de outros, que apresentaram provas concretas para a defesa do acusado, mas, mesmo assim, o magistrado, no julgamento, exclui, dizendo que sua decisão baseava-se em "inferências deduzidas dos conhecidos fatos naturais".

Assim, foi Slade condenado a três meses de prisão, com trabalhos forçados, nos termos da lei. Houve apelo e ele foi solto sob fiança. Mais tarde, quando foi julgado o apelo, a condenação foi anulada. Henry Slade desencarnou em 1905, num sanatório, em Michigam. Foram inúmeros os comentários feitos pela imprensa londrina a respeito das ocorrências registradas com ele, notadamente sobre a perseguição movida por Ray Lankester, em Bow Street, de que resultou sua condenação.

(Trilha sonora: "A morte do vaqueiro", Luiz Gonzaga)

Comentários

  1. joselitamagalhaes@gmail.com30 de abril de 2023 às 01:53

    Quanto sofrimento pela ignorância , orgulho, soberba do outro. Sabe Pequeno Príncipe fico aqui pensando porque o mal é tão forte ainda nos tempos de hoje....Gratidão pelo seu trabalho.

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  2. O mal só tem o poder que nós damos a ele. Jesus nos recomendou não resistir ao mal de fora, mas fazemos isso, sem saber que agindo assim o fortalecemos mais e mais. No entanto, devemos resistir ao mal interno, aquele ainda presente em nós e nos faz resistir (criticar, reclamar, retribuir vingando) ao mal alheio. Quando percebermos que estamos malhando em ferro frio, faremos melhor. Abração, Jô.

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