Galeria da mediunidade - 133

Wellington Balbo -

CHICO ANYSIO 


Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, comendador da Ordem do Mérito Cultural, conhecido artisticamente como Chico Anysio (Maranguape, 12 de abril de 1931 – Rio de Janeiro, 23 de março de 2012) foi um humorista, ator, radioator, produtor, locutor, roteirista, escritor, dublador, apresentador, compositor e pintor brasileiro, notório por seus inúmeros quadros e programas humorísticos na Rede Globo, emissora onde trabalhou por mais de quarenta anos. Tendo criado mais de duzentos personagens cômicos em 65 anos de carreira, é considerado um dos maiores humoristas brasileiros.

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O Chico era médium... mas aqui falo do Anysio...
Chico Anysio foi um gênio que encantou gerações com seus personagens. Particularmente, por ser ligado ao futebol, divertia-me com o Coalhada. Mas havia o Silva, Nazareno e o impagável Painho, além da inesquecível Escolinha do Professor Raimundo.
Estou falando do Chico porque, há pouco, recebi uma entrevista que ele concedeu à jornalista Marília Gabriela, isto no ano de 1998, a relatar coisas curiosas, que eu desconhecia.
Contou Chico que tinha muitos pressentimentos.
Certa vez, tomado por algo que não sabia de onde vinha, pediu a um amigo, prestes a casar, que não casasse. O amigo não lhe deu atenção e casou mesmo assim.
Quatro dias depois do casamento descobriu que a mulher tinha amante. Num outro episódio, agora falando de uma outra faculdade sua, a vidência, Chico relata que, ainda menino, 5 anos, passou 9 dias brincando com uma mulher.
Seus pais, curiosos em saber com quem Chico brincava, questionaram o menino, e este deu o nome da pessoa que, pasmem, havia morrido há um tempo, o que deixou a família boquiaberta.
Chico disse que sempre via os Espíritos.
Indagado pela entrevistadora se acreditava em vida após a morte, sua resposta foi, digamos, na contramão de suas experiências com os seres do outro mundo:
"Não sei... acho que não, se houvesse vida após a morte meus parentes já teriam voltado para me avisar..."
Curiosa a resposta de Chico Anysio, mesmo vendo os Espíritos e com faculdades como a de pressentimentos, ainda assim duvidava da vida após a morte.
A resposta de Chico, assim como de tantas outras pessoas, traz à tona uma questão importante:
O materialismo está enraizado em nossa cultura, de tal forma que, até aqueles que veem os Espíritos, embora não neguem sua presença entre nós, são incapazes de reconhecer que a vida vai muito além da existência corporal.

(Trilha sonora: "Tributo ao regional" - Baiano e os Novos Caetanos)

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