Galeria da mediunidade - 69

Francisco Muniz - 


DOROTHY LOUISE EADY

Mais conhecida como Omm Sety, ou Om Seti, foi uma arqueóloga inglesa que aos três anos de idade sofreu um acidente, caindo da escadaria de sua casa, e desde então teve afloradas as lembranças de uma vida passada, quando foi uma sacerdotisa do faraó Seti I. Eady passou a relatar que sonhava frequentemente com imagens de um grande edifício com colunas enormes, e acordava chorando pedindo para “voltar para casa”. Um ano após o acidente, em 1908, seus pais a levaram para visitar o Museu Britânico e ficaram impressionados com a atitude de Dorothy ao chegar às salas egípcias. Ela se soltou de sua mãe e correu em direção às estátuas, onde se ajoelhou e começou a beijar seus pés. Seus pais tentaram retirá-la do lugar, mas a menina insistiu em ficar, falando que estava em casa, com seu povo. Com o passar do tempo, ela passou a frequentar assiduamente o museu e se tornou aprendiz do professor Ernest Wallis Budge, que a ensinou a ler hieróglifos. A partir dessa época ela começou a aprofundar seus estudos sobre o Antigo Egito, e a frequentar grupos de reencarnação, mas nenhum a satisfez. 

Por volta da década de 1930 ela conheceu Abdel Maguib, com quem se casou, e mudou para o Egito, onde teve o seu único filho, chamado Seti, o que lhe rendeu o apelido de Omm Seti, que significa mãe de Seti, seguindo um antigo costume egípcio de não chamar as mulheres pelo nome. Durante seu tempo no Egito, Dorothy passou a afirmar que em sua vida passada era Bentreshyt, filha de um casal pobre que a enviou para o templo do faraó Seti I para se tornar serva e sacerdotisa, e que manteve um romance com o líder egípcio. Eady também disse que teria engravidado acidentalmente de seu amante, indo contra a regra de que as sacerdotisas deveriam ser virgens. Ela teria se matado para preservar a integridade de Seti I, que após a sua morte prometeu que nunca iria esquecê-la. O faraó cumpriu a promessa e passou a aparecer em Espírito para sua amada... Omm Seti viveu durante quase toda a sua vida em Abidos, onde trabalhou por quase 20 anos como assistente dos arqueólogos Selim Hasan e Ahmed Fakhry, e se tornou a primeira mulher a trabalhar no Departamento de Antiguidades do Egito, atual Ministério das Antiguidades do Egito. O escritor espírita brasileiro Hermínio Correa de Miranda discorre, no livro A Noviça e o Faraó, acerca da história de Omm Seti, traduzindo a obra do jornalista norte-americano Jonathan Cott, The Search for Omm Sety.

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