Galeria da mediunidade - 65

Francisco Muniz - 


ARISTIDES SPÍNOLA

Baiano de Caetité, Aristides Spínola era advogado, político abolicionista e espírita brasileiro que colaborou tanto com o Império quanto com a República. Nasceu em agosto de 1850 e desencarnou em julho de 1925, no Rio de Janeiro. De sua carreira política - foi governador da Província de Goiás, nomeado pelo imperador D. Pedro II - resultaram tantos episódios pitorescos que o escritor Afrânio Coutinho (também baiano) o fez personagem do romance Sinhazinha. Convertido ao Espiritismo em fins do século XIX, dedicou-se quase exclusivamente à Causa, inclusive como advogado de médiuns então perseguidos. Presidiu a Federação Espírita Brasileira (FEB) em diversas ocasiões e quando de sua filiação a esta instituição, em 1905, fundou em sua cidade natal o Centro Psíquico de Caetité, que atualmente tem seu nome. Spínola dedicou à FEB 21 anos seguidos de sua existência - seis anos como presidente e onze anos e meio na vice-presidência. Estudioso, sempre procurou ampliar seu conhecimento tanto no tocante às coisas simples da vida quanto no que se referia à sua vocação. Sua bondade e desapego impressionavam os que não acreditavam no Espiritismo, como foi o caso de Hermes Lima, que tornou-se primeiro-ministro do Brasil e imortal da Academia de Letras. As pessoas não compreendiam o grande estoicismo observado em Spínola. O fato é que ele sempre se destacou por sua inteligência e bondade: um homem simples e sinceramente dedicado a todas as causas que abraçou.

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