Galeria da mediunidade - 43

Francisco Muniz - 


JOÃO NUNES MAIA

Mineiro de Glaucilândia, João Nunes Maia nasceu em 10 de novembro de 1923 e desencarnou em 1991, após muitas lutas em prol da difusão da Doutrina Espírita. A mediunidade veio à tona cedo, trazendo-lhe angústias e aflições, embora o apoio da mãe, D. Maria Nunes, que se apegava às orações. O jovem João muito estudou e lutou, desenvolvendo a psicografia, a psicofonia, a clarividência e o desdobramento. Deixou na Terra a continuação dos seus ideais através da Sociedade Espírita Maria Nunes. Foi através de uma benzedeira que tomou conhecimento de sua missão, para a qual precisava conhecer as obras de Allan Kardec. Através do reembolso postal, o médium encomenda à Federação Espírita Brasileira os livros básicos da Doutrina. Livros em mãos, viaja para a Fazenda Brejinho, onde estuda por quase um ano. Nessa época, cria o hábito de conversar com Deus, ao nascer e ao pôr do sol e, numa manhã, tem a inspiração que nortearia a Sociedade Espírita Maria Nunes: o lema do Pão e do Livro. Incentivado pelo pai, e já órfão de mãe, muda-se para Belo Horizonte em 1950. João Nunes frequenta reuniões espíritas e conhece, em Pedro Leopoldo, o médium Francisco Cândido Xavier, de quem se torna amigo. Numa reunião mediúnica na União Espírita Mineira, identifica-se com o Espírito de Fernando Miramez de Olivídeo, seu guia espiritual e autor de vários livros psicografados por Nunes, sendo o primeiro Alguns Ângulos dos Ensinos do Mestre. Dessa parceria viriam a lume obras como Francisco de Assis e Maria de Nazaré, dentre outras. No silêncio característico de sua personalidade, João Nunes muito fez pelo movimento espírita. Incentivou, orientou e, participou da fundação de várias casas espíritas em Belo Horizonte, Minas e em outros estados brasileiros. Buscando divulgar a Doutrina, João Nunes Maia cria a Campanha Nacional do Livro Espírita Gratuito, em 1958, viajando de caminhão por distantes regiões do Brasil. Em 1973, através do Espírito Mesmer, recebe a fórmula da Pomada Vovô Pedro, que cura males da pele. Fruto da persistência de Nunes Maia, surge em 12 de abril de 1955 a Sociedade Espírita Maria Nunes (SEMAN). Iniciada com estudos evangélico-doutrinários e humilde distribuição de sopa aos carentes, a SEMAN se ramificou em diversas atividades sociais e permitiu, através da Editora Fonte Viva, sua parceira, a edição de 62 livros psicografados. Os originais psicografados por João Nunes Maia, que eram guardados debaixo da cama, na modesta casa de Santa Tereza, viraram livros. Espalharam-se pelo Brasil, Portugal, Estados Unidos, Espanha, Japão e só Deus sabe por onde mais. João também orientou pessoalmente centenas de médiuns em desequilíbrio e psicografou a maior obra espírita que dá suporte ao entendimento das obras básicas do Espiritismo, os 20 volumes da coleção Filosofia Espírita.







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