Galeria da mediunidade - 41

Francisco Muniz - 

Sede do C. E. Cristo Redentor, em Brotas, e o casal Juventino e Maria José (D. Zinha).

JUVENTINO FERREIRA DE SOUZA

Um homem simples e detentor de uma grande sabedoria - é assim que quem o conheceu, a exemplo da saudosa médium Néa Faro, se recorda de Juventino, fundador do Centro Espírita Cristo Redentor, em Salvador, e da Escola da Boa Nova, em Mata de São João, no final da década de 1950. Homem de pouca instrução, Juventino, carinhosamente chamado de "Jove", era, entretanto, quando encarnado, uma alma detentora de dilatados conhecimentos no campo do Evangelho, os quais soube aproveitar e desenvolver em sua atuação mediúnica orientada pela Doutrina Espírita. Nesse sentido, ao compreender o caráter pedagógico da tarefa pioneira de Allan Kardec, Juventino constatou a necessidade de implantar uma obra educativa numa localidade do município de Mata de São João batizada de Núcleo JK. Aí fora instalada, no início do século XX, uma colônia de imigrantes japoneses. A Escola da Boa Nova, existente até hoje, com o amparo da prefeitura local, atende, desde sua origem, às crianças das comunidades carentes da região, oferecendo assistência material e espiritual também às famílias necessitadas. Jove, devoto de Antonio de Pádua, morava na Fazenda Maranhão, localizada onde hoje é o bairro da Pituba, em Salvador, e em sua casa foi criada o grupamento de jovens espíritas que leva o nome daquele santo católico, conforme se recorda Edmilson Araújo, revelando que a JEAP nasceu antes mesmo de ter sido fundado o C. E. Cristo Redentor, instalado num imóvel localizado na Rua Teixeira Barros, em Brotas.