Galeria da mediunidade - 29

Francisco Muniz - 

JOSÉ PETITINGA

Nascido José Florentino de Sena, em dezembro de 1866, é, depois de Luís Olímpio Teles de Menezes, a principal personagem do movimento espírita em terras baianas quando se trata do pioneirismo na difusão do Espiritismo. Além de comerciário, iniciou-se no jornalismo e revelou-se exímio poeta. O nome Petitinga foi usado como pseudônimo, nos primeiros artigos que escreveu, para fugir à censura paterna e de seus patrões. Sua estreia na imprensa foi no jornal "7 de Janeiro", que se editava na heroica e legendária cidade de Itaparica. Em face da popularidade do pseudônimo, pelo qual passou a ser conhecido por todo mundo, resolveu adotá-lo como sobrenome, em substituição ao Florentino de Sena, fazendo, para tanto, declaração pública e em cartório. Em 1887 abraçara as ideias de Allan Kardec, semeando-as e defendendo-as abnegadamente. Mais tarde, fundou a União Espírita Bahiana (embrião da atual Federação Espírita do Estado da Bahia, cuja sede histórica leva seu nome), da qual foi sempre presidente, por aclamação nos últimos anos de vida, tendo conquistado a simpatia e a admiração de quantos se lhe agregaram na tarefa indefessa da restauração do Cristianismo em Cristo. José Petitinga, exemplo de verdadeiro espírita, tudo deu se si, material e espiritualmente, para o engrandecimento da referida Sociedade, desempenhando honrosamente sua missão. No dia 25 de março de 1939 desencarnava José Petitinga, jornalista, historiador, humorista e polemista, orador fluente, poeta de estilo, filólogo, matemático, mestre em contabilidade e, sobretudo, um dos principais esteios da Doutrina Espírita no Estado da Bahia.