Galeria da mediunidade - 22

Francisco Muniz - 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

"Chico Xavier é cristão na fé e na prática. Famoso, fugiu da tribuna. Poderoso, nunca enriqueceu. Objeto de peregrinações a Uberaba, jamais posou de guru. Quem dera que nós católicos, em vez de nos inquietar com os mortos que escrevem pela mão do Chico, seguíssemos, com os vivos, seu exemplo de bondade e amor." Essas palavras, recolhidas do livro Minutos com Chico Xavier (José Carlos de Lucca, Intelítera, 2014), são de Frei Beto, comentando a grandeza moral e a importância social e histórica daquele que foi, seguramente, o maior lidador da mediunidade em terras brasileiras. Segundo o escritor Adelino da Silveira (vide o livro Chico, de Francisco, ed. CEU), o "currículo" do médium mineiro, compilado quando Chico tinha 77 anos, não faz inveja a ninguém: "Uma infância sofrida; doente dos pulmões aos 12 e aos 40 anos; gravemente enfermo d um olho desde 1931; cinco cirurgias de alto risco; dois enfartes; 60 anos de trabalho pela madrugada afora; 284 livros psicografados nas horas em que podia estar descansando; mais de 10 milhões de exemplares vendidos sem nunca haver recebido um centavo de direitos autorais; sofreu todos os tipos de provações; perseguido, caluniado, ironizado, traído, nada fez com que desistisse da tarefa". Demonstrou, desde sempre, o exemplo de como deve ser um verdadeiro trabalhador do Evangelho a serviço do Cristo e não foi sem razão, portanto, que foi eleito "o maior brasileiro de todos os tempos".