Galeria da mediunidade - 14

Francisco Muniz - 

MARIA MILZA

A mediunidade não é invenção do Espiritismo e, segundo disse Allan Kardec, todos os homens são médiuns, em menor ou maior grau, não importando, nessa conceituação, a crença que se professe, posto que os fenômenos mediúnicos têm sua causa na ação dos Espíritos sobre a matéria, com a participação direta ou indireta de um intermediário humano que lhes oferece a necessária contribuição fluídica para aquela realização. É o caso, por exemplo, de Maria Milza dos Santos Fonseca, que passou à história religiosa do município de Itaberaba, no sertão baiano, como "Mãezinha Milza", por servir de mensageira do Espírito que se revelou a ela como Nossa Senhora das Graças, porquanto a médium nasceu, cresceu e viveu sempre num meio e numa época em que o Catolicismo preponderava. Desde cedo, Maria Milza dedicou-se espontaneamente aos cuidados de pessoas enfermas, desenvolvendo naturalmente os dons da mediunidade de cura. Nascida em 1923, ela viveu na matéria até o dia 17 de dezembro de 1993, habitando o distrito de Alagoas, onde até hoje existe um santuário em sua homenagem, para onde anualmente são feitas romarias. Uma das primeiras curas atribuídas a ela foi a do comerciante Clóvis Silva, mais conhecido em Itaberaba por "Tó", que até hoje se emociona quando relata o que aconteceu com ele. Considerado paraplégico pelos médicos, andava sempre de quatro com chinelos entre as mãos e as pernas encolhidas, devido a uma injeção mal aplicada quando tinha cinco anos de idade.

Fonte: itaberabaculturas.blogspot.com.br