Francisco Muniz -
CARLOS BERNARDO LOUREIRO
Escritor profícuo, Loureiro destacou-se principalmente na pesquisa de temas espíritas e espiritualistas, pretendendo dar seguimento, em Salvador, às atividades metapsiquistas desenvolvidas na Europa por sábios como o italiano Cesare Lombroso e o francês Charles Richet. Sim, Bernardo era sobretudo um investigador de fenômenos espirituais e deixou uma obra de relevo explorando assunto como reencarnação, sonhos (emancipação da alma), mediunidade, obsessão e, dentre outros, magnetismo. Fundador do Teatro Espírita Leopoldo Machado (TELMA), instituição hoje localizada no bairro da Boa Viagem, em Itapagipe, que foi a primeira do gênero no Brasil, unindo as funções de um centro espírita às ações artísticas de um teatro, voltado, porém, para a divulgação doutrinária do Espiritismo. Na década de 1970 passou a se dedicar ao jornalismo espírita, fundando periódicos como Impacto, O Samaritano, Gazeta Espírita e Dimensões. Foi articulista, também, de diversos jornais espíritas do Brasil e Exterior, além de apresentar na televisão baiana programas sobre fatos espíritas. O movimento espírita baiano e brasileiro deve a ele a recuperação, reimpressão e divulgação do primeiro informativo espírita publicado no Brasil, o jornal Écho D'Além Túmulo, criado em 1869 por Luiz Olímpio Teles de Menezes, pioneiro da Doutrina Espírita no País.
Devo a Carlos Bernardo Loureiro meus primeiros acenos de curiosidade sobre a Doutrina Espírita. Frequentei o TELMA quando ainda era no bairro da Saúde, no final da década de 1990 e dei início aos estudos desta doutrina consoladora.
ResponderExcluirAtravés de Bernardo conheci Jorge Rizzini, que entrevistei para o Bahia Espírita. Eu o conheci quando ele ainda tinha a banca de livros espíritas na Piedade, transferindo-se depois para uma sala ampla de uma galeria na Av. Sete, onde ele instalou sua livraria e um ponto de encontro e estudos sobre o Espiritismo.
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