Francisco Muniz -
A Vontade Divina é mencionada seguidas vezes no Evangelho,
especialmente na prece que Jesus ensinou a seus discípulos e chegou aos nossos
dias com o nome de “Pai nosso”. Quando questionados por Allan Kardec sobre como
Deus criou (e cria!) os Espíritos, os Luminares Invisíveis da Doutrina Espírita
deram esta resposta lacônica: “Por sua vontade.” Também por sua vontade tudo se
fez e recebeu um nome, a Vida se manifestou e a Criação ganhou ênfase.
Em Mateus 7:21, o Mestre observa que “não é toda pessoa que
me chama de ‘Senhor, Senhor’ que entrará no Reino dos Céus, mas somente quem
faz a vontade de meu Pai, que está no céu”. Mas, no que nos concerne, em que
consiste a vontade de Deus? Como podemos praticar o que não conhecemos? Ou será
que conhecemos muito bem essa vontade e simplesmente não queremos praticá-la,
cumpri-la, preferindo que a nossa prepondere sobre a de Deus, tanto quanto
sobre a do próximo?
No livro Minutos com Chico Xavier seu autor, o juiz espírita
José Carlos de Lucca, interroga: “Por acaso, você já se perguntou qual seria a vontade
de Deus para sua vida? O que Deus quer que você faça? Como Deus gostaria que
você agisse no lar, no trabalho, no relacionamento com o próximo?” Para esse escritor,
“essas são as questões essenciais da nossa vida”, de modo que se torna imprescindível
buscar as respostas. A esse respeito, vale recordar o célebre episódio
referente ao encontro do doutor da lei Saulo de Tarso com o Cristo no caminho
de Damasco, quando o perseguidor indaga, ao render-se perante o Divino
Emissário: “Que queres que eu faça?”
A vontade de Deus é toda manifesta em suas leis sábias e
perfeitas e não é, como afirmam muitos religiosos, um desígnio insondável, uma
vez que os mandamentos que Jesus nos legou a revelam integralmente, ao menos no
que nos é permitido compreender: “Que vos ameis uns aos outros”, disse o
Messias, afirmando ainda que devemos conhecer a verdade, porque a verdade nos
fará livres. Mas a própria postura de Jesus, assim como seus exemplos e lições,
indica que podemos ao menos intuir essa vontade, a fim de crescermos perante o
Pai supremo.
Maravilha de reflexão! Percebo que esse é o ponto. Estar na pergunta e se abrir para a resposta, ficar presente onde tudo acontece!
ResponderExcluirEu me chamo Maria Angelica keka
ExcluirKeka, minha querida, aos pouquinhos a gente vai deixando de fazer perguntas para mergulhar na única resposta que nos interessa. Quer bom que seguimos juntos. Grande abraço, comadre! Que Deus nos abençoe.
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