Francisco Muniz -
A eternidade é o tempo de Deus, mas não é o tempo tal como o
entendemos, pois nela não cabe qualquer repartição – por assim dizer, passado,
presente e futuro são meros aspectos da condição humana, relativamente ao
Espírito encarnado, e eles se fundem e até desaparecem quando pensados do ponto
de vista da eternidade, que é a própria Vida. Assim, a noção de vida eterna
deve ser considerada como o próprio hálito divino, o ambiente em que a
Divindade se manifesta, soberana, convidando-nos a também nos movimentarmos
nesse oceano tão extenso quanto profundo para realizarmos nossas experiências
com vistas à evolução e à definitiva integração ao pensamento de Deus, desde
que saibamos cumprir seus impostergáveis decretos.
Em sua obra Os Grandes Iniciados, o autor francês Édouard
Schuré cita, ao tratar da personalidade de Moisés, o primeiro revelador (de
acordo com Allan Kardec, Moisés trouxe-nos o conhecimento da Lei de Deus, vindo
após Jesus, cerca de dois mil anos depois, para instruir-nos quanto ao modo de
cumprirmos tal legislação; por fim, temos hoje no Espiritismo a Terceira
Revelação, apresentando-nos o Consolador prometido pelo Nazareno que ficará
conosco para sempre, ou seja, pela Eternidade afora...), um interessante diálogo
entre esse patriarca hebreu e seu Espírito guia, identificado como Jeová (Iahweh,
nome de Deus em hebraico).
Nesse diálogo, Moisés se queixava do comportamento rude e da
dificuldade de compreensão da multidão que ele tentava conduzir à Terra
Prometida, desde que os libertara da escravidão no Egito – e não havia apenas hebreus
entre eles! –, porquanto tudo que tinham a fazer era observarem os Mandamentos
da Lei. No entanto, “eles não aprendem!”, lamentava-se o grande legislador, para
receber de receber de Iahweh, em quem Carlos Torres Pastorino reconhece o
próprio Cristo (ver a obra Sabedoria do Evangelho, em oito volumes), esta
ponderação: “Eles têm toda a Eternidade para isso!”. Eternidade, assim
considerando, é o tempo de nosso aprendizado para alcançarmos a Perfeição, de
modo que é mesmo um tempo infinito, porque sempre estaremos aprendendo...
Aprendizado infinitamente. Muitos interessados. Outros recebem a lição coercitivamente merecida até a compreensão.Deve haver muita rebeldia em aceitar, compreender a necessidade de fato a trajetória.Porém, é essencial.
ResponderExcluirComo diz a sabedoria popular, "manda quem pode; obedece quem tem juízo". :)
ResponderExcluirVerdade.
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