Flagelos destruidores

Francisco Muniz - 




Periodicamente somos abalados por ocorrências que costumam trazer muito sofrimento a todos nós. Todos os anos, em algum lugar do planeta, ocorrem fenômenos amedrontadores. Enchentes são anuais. Não passa um só verão sem que, em algum recanto da Terra, as enchentes não destruam casas, desmoronem barrancos, matem muita gente.
 
Furacões são comuns nos Estados Unidos da América destruindo lares, enlutando regiões, fazendo desaparecer patrimônios construídos com tanto sacrifício.
 
Tremores de terra têm enlutado inúmeros países. Há poucos anos, só no México, mais de duas mil pessoas desapareceram debaixo de escombros e de inundações.
 
Ainda sofrem as consequências de um fantástico maremoto três dos nossos continentes de onde desapareceram, debaixo das águas, mais de trezentas mil pessoas.
 
Raios, no Brasil, ocorrem cem milhões de vezes todos os anos. Alguns matam gente, animais e aves, ou destroem plantações. Pestes, vez por outra, nos visitam, eliminando vidas e provocando muito sofrimento e dor. Guerras, revoluções, atos de terrorismo são comuns o ano inteiro nos mais diversos países.
 
Ainda hoje, morre muita gente de fome. Doenças sem tratamento desafiam a ciência dos homens. Secas continuam sacrificando pessoas e regiões. AIDS, tuberculose, câncer e malária prosseguem ceifando vidas e enlutando corações. Flagelos da destruição, próprios do nosso planeta, eliminando sonhos e amargando corações.
 
Kardec quis saber dos Espíritos por que razão Deus, infinitamente bom e perfeito, permite tais fatos na vida das pessoas. E perguntou: “Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos que destroem tantos sonhos e eliminam tantas vidas?” – “Para fazer a humanidade progredir mais depressa” – disseram os Espíritos. 

E prosseguiram: “Já dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento. O homem considera tais eventos como flagelos por causa dos prejuízos que eles costumam trazer. São, entretanto, subversões frequentemente necessárias para que mais depressa ocorra melhor ordem de coisas, conseguindo-se em alguns anos o que exigiria, talvez, muitos séculos”.

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