Francisco Muniz -
Vem do versículo 12 do capítulo 4 de Atos dos Apóstolos o assunto que devemos comentar hoje, dia 12 de abril, dando prosseguimento ao estudo de temas do Novo Testamento, sob a luz da Doutrina dos Espíritos. As palavras de Lucas, que declinaremos a seguir, são colocadas sob a epígrafe “Pedro e João diante do Sinédrio” e copiadas da Bíblia de Jerusalém:
“Pois não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens
pelo qual devamos ser salvos.”
A bem da verdade, embora as palavras em exame tenham sido anotadas por Lucas, a frase não é dele, mas do apóstolo Pedro que, como relata a epígrafe, havia sido preso, junto com João, e discursava perante os sacerdotes do Sinédrio, enfatizando a importância do Cristo para o “povo escolhido” quanto para a Humanidade inteira: “É ele a pedra rejeitada por vós, os construtores, mas que se tornou a pedra angular” (Atos 4:11). Com efeito, não há, na história do mundo, nome mais significativo que o de Jesus, a personalidade mais enigmática jamais conhecida e sobre quem já foram escritos milhares de livros na tentativa de explicá-lo. É um nome que marcou o tempo e dividiu a História da Humanidade em antes e depois dele, um nome que faz tremer os submundos da Espiritualidade e encher de alegria a alma dos justos, aqueles comprometidos com seu trabalho de renovação dos homens e do planeta.
A expressão “só Jesus salva”, portanto, é de uma verdade e um valor ainda não dimensionados pelo homem comum, que é, em sua grande maioria, um Espírito iniciante no caminho do aprendizado evolutivo e por isso se deixa seguir pelos atalhos do materialismo, perdendo-se de si mesmo e distanciando-se do objetivo supremo. Quando esse homem/Espírito, cansado de dar infrutíferas voltas em torno de si mesmo, sem lograr encontrar-se, apela enfim para o Cristo, percebe que nunca esteve a sós, porque o Prestimoso Amigo era sua companhia constante, embora despercebida, só esperando sua anuência para retomarem juntos o caminho da salvação. Essa salvação representa o reconhecimento da condição do Cristo como aquela “pedra angular” referida por Pedro, sem a qual a construção de nosso edifício espiritual fica comprometida.
“Mas nem todo mundo é cristão!” – poderiam obstar, com isso querendo dizer que haveria quem não pudesse ser “salvo”, esquecidos porém de que a mensagem do Cristo é universal e de que seu Evangelho, a boa nova trazida ao conhecimento da Humanidade, é integralmente inclusivo. Em diversas ocasiões Jesus deixou patente sua condição de Pastor de todas as ovelhas da Terra, esclarecendo que seu rebanho abarca todo o planeta: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância!” (João 10:10) Em razão disso, fica aberta a porta da salvação a todos quantos não mais encontram pastagem fresca nos campos áridos da materialidade, estando assim insatisfeitos com a própria inferioridade moral e espiritual, bastando que atendam ao sublime convite constante do Evangelho de Mateus (11:28): “Vinde a mim todos vós que estais cansados e aflitos e eu vos aliviarei!”
Muito obrigada!
ResponderExcluirSou que devo agradecer sua visita. Volte sempre.
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