Se Deus não existisse...

Francisco Muniz // 




Grandes vultos da Humanidade, seja pelo comportamento (os exemplos), seja pelo pensamento (o teor das palavras), são medidos pelos benefícios que proporcionam às coletividades, nas áreas em que militem.
 
Gandhi e Martin Luther King são reconhecidos pela contribuição ao pacifismo; Fleming e Pasteur serão sempre reverenciados pelo avanço que proporcionaram à ciência médica; Copérnico, Newton e Galileu merecerão constantes homenagens pela revelação de algumas leis do Universo; Gutemberg, por sua vez, será recordado como aquele que facilitou o acesso ao conhecimento.
 
Mas Jesus, o Cristo de Deus, modelo e guia dos homens, de acordo com a definição dos Espíritos Superiores, identifica-se com a retidão e firmeza de caráter próprias dos grandes benfeitores.

Dizemos isso tudo para citar a figura do intelectual francês François-Marie Arouet (1694-1778), mais conhecido pelo nome de Voltaire, um dos precursores da Revolução Francesa. Ideólogo das noções de liberdade, igualdade e fraternidade, Voltaire foi um gênio que desde cedo revelou seus dotes intelectuais e atraiu para si tanto a ira quanto a simpatia dos poderosos de seu tempo.
 
Mas ele vivia insatisfeito por não encontrar Deus dentro de si mesmo, transitando num mundo fortemente marcado pelos efeitos do materialismo característico das más tendências que identificava no próximo e pelas ideias farisaicas dos religiosos de então. Dizia, pois, Voltaire que, se Deus não existisse, precisaria ser inventado para frear os ímpetos malsãos da massa...


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