O apóstolo Filipe

Francisco Muniz -




As informações sobre ele não são muito extensas, mas há um fato que merece ser explorado: sua responsabilidade pelas tarefas administrativas da comunidade apostolar, executando naqueles tempos recuados o mesmo que, no final do século XIX, o médico Adolfo Bezerra de Menezes realizaria durante sua gestão como presidente da Federação Espírita Brasileira, ou seja, o dimensionamento do aspecto assistencial do Cristianismo redivivo: "(...) O serviço de cada dia consistia não só das pregações evangélicas, mas também da distribuição de sopa e alimentos aos pobres, dentre os quais dedicavam especial atenção às viúvas desamparadas".
Por falar nisso, convém recordarmos o que Huberto Rohden aconselha em seu livro "O caminho da felicidade" (que não é deste mundo material), no qual o autor oferece vários conselhos com esse objetivo, sendo um deles o de termos um projeto pessoal na área da caridade, uma ocupação extraprofissional que, feita com amor e entusiasmo ("em Deus"), apresente rendimentos "em forma de alegria viva". Porque, diz Rohden, "o fim principal do homem aqui na terra não é realizar coisas fora de si, mas sim realizar-se a si mesmo". E isto só é obtido pelo serviço desinteressado, correspondendo ao que Jesus ensina: "O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir".
Meditemos.

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