Esta data no Evangelho (1 de agosto)

Francisco Muniz


Hoje, dia 1 de agosto, já encontrei a Bíblia de Jerusalém marcada no capítulo 8 do Evangelho de Lucas, porque numa das vezes anteriores comentamos o final do capítulo 7. Desse modo, vamos nos debruçar sobre o primeiro versículo do Cap. 8, no qual o evangelista trata das "mulheres que seguem a Jesus". No entanto, será utilíssimo acrescentar aqui também os dois versículos seguintes, porque dão sequência ao pensamento de Lucas:

"Depois disso, ele andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os Doze o acompanhavam, (2) assim como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído sete demônios, (3) Joana, mulher de Cuza. o procurador de Herodes, Susana e várias outras, que o serviam com seus bens."

O tempo "depois disso" referido por Lucas foi quando Jesus tinha comer na casa de um fariseu, chamado Simão, e uma mulher da cidade (o evangelista não a nomeia, mas como nas cidades vivem-se as ilusões do mundo, podemos dizer que essa mulher era uma "mundana", tomando esse termo sem a acepção pejorativa). Lucas afirma que ela era pecadora.
Mas ela, ficando às costas de Jesus, chorava e lavou-lhe os pés com as lágrimas, enxugando-os depois com os cabelos, além de beijá-los e ungi-los com o perfume caro que havia levado. Ainda hoje se discute a identidade dessa mulher, uns alegando tratar-se da própria Madalena e outros, de Maria, irmã de Lázaro.
O fato é que o Mestre as tinha em sua companhia, especialmente aquelas relacionadas por Lucas. Madalena, ou Maria de Magdala, era talvez a mais influente delas e tão bem compreendia os ensinamentos de Jesus que este, respondendo aos ciúmes dos doze apóstolo, disse principalmente a Pedro que, se quisesse, poderia transformá-la num homem, ou seja, em alguém com autoridade para a pregação.
De Madalena, diz Lucas, haviam saído "sete demônios", indicando que ela havia sido curada pelo Nazareno de uma severa obsessão.
Joana, hoje sabemos, foi uma das reencarnações da Benfeitora Joanna de Ângelis, mentora do médium Divaldo Franco. Como esposa de Cuza, funcionário do rei Herodes que tinha um cargo similar ao de secretário ou primeiro ministro, desde que conhecera o Rabi manifestou o desejo de segui-lo, mas Jesus a instou a ficar em casa com marido e o filho. Mas, se o seguia, é que já não tinha qualquer impeditivo.
Susana, por sua vez, era - diz-nos Carlos Torres Pastorino - aquela que foi curada de um fluxo sanguíneo constante apenas ao tocar nas fímbrias das vestes de Jesus. Nessa ocasião, o Messias havia perguntado: "Quem me tocou? Pois de mim saiu uma virtude!" - tal fato indicando que o Mestre tinha plena consciência de seu potencial crístico.

Para o que nos interessa, fica patente nessa passagem evangélica a extensão dos deveres que cabem aos cristãos quanto à disseminação das Verdades do Reino dos Céus (Lucas usa a expressão Reino de Deus por não ser judeu). À imitação do Mestre, devemos levar o esclarecimento e o alívio às dores físicas, morais e espirituais a quantos necessitados encontremos pelo caminho, porquanto seja necessário servir ao Cristo com os bens que possuímos, principalmente aqueles referentes às faculdades mediúnicas.

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