O Evangelho nesta data (30 de junho)

Francisco Muniz



Outra vez invertemos o processo e eis que abrimos o Novo Testamento no capítulo 6 do livro do evangelista João, considerado místico, e no versículo 30 encontramos esta passagem:

"Eles perguntaram: Que sinal realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Qual é a tua obra?"

Era o povo questionando Jesus, a mesma multidão que no dia anterior havia testemunhado diversas curas e comido do pão que o Messias tinha feito distribuir, repartindo "cinco pães de cevada e dois peixes" e com eles alimentara cinco mil pessoas.
Argumentaram, perante o Mestre, que Moisés havia alimentado seus antepassados no deserto com o maná, "um pão que veio do céu", como narravam as Escrituras. Queriam, portanto, presenciar fenômenos "sobrenaturais" e não prodígios feitos por homens!
Jesus, porém, responde que tudo vem da parte de Deus e se afirma como o pão que desceu do céu e dá vida ao mundo. E aquelas pessoas, sem alcançarem o verdadeiro sentido das palavras do Cristo, pedem-lhe: "Senhor, dá-nos sempre desse pão."
Com efeito, Jesus era (e é) o grande sinal luminoso que brilhou - brilhando ainda hoje! - na longa noite escura do mundo sem que os homens, em sua grande maioria, o tivessem percebido e, como os fariseus do passado, continuem pedindo e procurando "provas" da existência e passagem do Senhor pela Terra.
"Mas não terão outro sinal a não ser o de Jonas", disse-lhes o Filho do Homem, revelando, com tais palavras, que Deus envia a cada um a resposta às mais secretas questões relativas à divina vontade, para que os homens, vencendo sua costumeira rebeldia, encontrem o caminho da verdadeira união com a Divindade.
Deus está presente em a natureza interna do homem, ocultamente, quanto expressa sua transcendência nas manifestações da Natureza terrestre e extraplanetária. Bastaria, portanto, abrir os olhos para compreender essa verdade; bastaria, segundo o Mestre, "ter olhos de ver e ouvidos de ouvir".
Mas eis que, para facilitar esse exercício humano, Deus, atendendo ao pedido de seu Filho primogênito, envia-nos a Terceira Revelação, o Consolador prometido que vem iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos, e o Espiritismo, fazendo-nos compreender a divina política da fraternidade, levar-nos-á à prática do amor incondicional, que é a vontade do Pai que está no céu, e nós, dizendo enfim com acerto "Senhor! Senhor!", poderemos entrar no reino dos céus, segundo as palavras do Espírito de Verdade.

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