Esta data no Evangelho (4 de julho)

Francisco Muniz



"Jesus desmascara as falsas tradições" é o título do capítulo 7 do livro do evangelista Marcos (na edição pastoral da Bíblia Sagrada), que abro neste domingo 4 de julho, um dia que nasce sob o signo da chuva destes tempos invernosos, o quarto versículo traz o seguinte texto para nossa apreciação:

"Quando chegam da praça pública, eles se lavam antes de comer. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhames de cobre."

Com essas palavras, o Messias critica o comportamento dos fariseus e doutores da Lei que censuravam, por sua vez, o modo como os discípulos do Mestre se portavam à mesa, comendo sem antes terem lavado as mãos, "uma tradição recebida dos antigos".
Ora, pondo à margem as boas práticas de higiene, o que não vem ser o caso aqui, Jesus é aquele que disse ter vindo dar cumprimento à Lei de Deus e não homologar os preceitos dos homens, de forma que jamais ratificou as tradições tomadas como princípios religiosos meramente formalistas, posto que começava suas preleções com esta frase: "Ouvistes o que foi dito aos antigos, eu, porém, vos digo..." - e introduzia o ensinamento novo condizente comas necessidades evolutivas daquelas almas ainda na infância espiritual.
Acontece que ainda hoje nós nos importamos muito com as coisas de fora, as exterioridades da vida material, que com nosso mundo íntimo, a dimensão do Espírito imortal, e assim criamos continuamente falsos sistemas que não só nos prendem a conceitos superados como nos impedem de abraçar com a integralidade possível as ideias progressistas, quais as que o Cristo apresentou à Humanidade.
O cristão sincero e ideal haverá de ser aquele "homem novo" descrito pelo apóstolo Paulo, detentor da necessária coragem para afrontar os ilusórios valores mundanos e abraçar a Realidade que o fará merecedor das alegrias celestiais resumidas na expressão "pobres pelo espírito" com que Jesus identifica os homens de boa vontade.
O cristão sincero e ideal haverá de ser aquele "homem novo" descrito pelo apóstolo Paulo, detentor da necessária coragem para afrontar os ilusórios valores mundanos e abraçar a Realidade que o fará merecedor das alegrias celestiais resumidas na expressão "pobres pelo espírito" com que Jesus identifica os homens de boa vontade.
E, nisso, a Doutrina Espírita, como continuadora dos ensinos do Mestre de Nazaré, oferece-nos uma excelente contribuição ao nos propor a reforma íntima como forma de nos transformarmos no homem de bem que não faz questão de parecer virtuoso aos olhos do mundo, porque cultiva as virtudes na intimidade de seu ser, cumprindo com responsabilidade os deveres assumidos perante si mesmo, com Deus e com seu próximo.

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