Esta data no Evangelho (26 de julho)

Francisco Muniz



Meu filho, Caio, desenvolve um projeto intitulado "Pastilhas de positividade", transmitindo palavras breves, reflexivas e encorajadoras pelo Whatsapp. Na manhã deste dia 26 de julho, ele tratou do tema "discursos de ódio" e quando abro a Bíblia de Jerusalém no capítulo 7 dos Atos dos Apóstolos, o versículo 26 me traz a seguinte passagem, fazendo-me pensar em sincronicidade:

"No dia seguinte, apareceu quando alguns deles se batiam e tentou reconduzi-los à paz, dizendo: 'Homens, sois irmãos: por que vos maltratais um ao outro?'"


Trata-se do discurso de Estêvão, aprisionado por Saulo de Tarso, sobre os feitos de Moisés, respondendo às indagações do doutor da Lei. Logicamente, quem procura reconduzir aqueles homens à harmonia é o grande Legislador hebreu, mas a história diz que Moisés matou um egípcio para defender um compatriota e no dia seguinte foi tratado rispidamente pelo que tentou ajudar, que o injuriou.

Tragamos para nós, nestes dias em que o clima de animosidade provocada pelas diferenças de opinião leva grande parte dos brasileiros - só para localizar o problema, que em verdade é geral - a digladiar verbal ou fisicamente.

Mas somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai, que é Deus, um Pai magnânimo que se derrama de compaixão por suas criaturas enquanto estas, movidas pela rebeldia própria da ignorância, desrespeitam essa paternidade e se debatem nas dores da violência perpetrada mutuamente, desprezando a própria condição.

Foi para tentar despertar-nos para a realidade da grande família universal que o Cristo desceu ao mundo, na personalidade carismática de Jesus, pregando um discurso marcado pelo convite à fraternidade, a grande política que Deus instituiu para as relações entre seus filhos misérrimos: "Que vos ameis uns aos outros!"

Entretanto, ainda observamos entre nós os fatos que fizeram Jesus afirmar que durante muito tempo o reino de Deus foi tomado pela violência, dada a separatividade entre os homens. Agora, porém, é preciso que nos esforcemos em prol da união pelo amor.

O chão do planeta tem sido regado continuamente pelo sangue derramado pelo instinto belicoso dos homens, característica das civilizações eminentemente materialistas, amigas das guerras de conquista e exploração de povos considerados inferiores.

Mas eis que o Cristo instala na Terra a Era do Espírito, cujos resultados saneadores do clima opressivo já conseguimos sentir, graças aos esforços dos Emissários Divinos que cooperam diretamente com o Governador do planeta.

O Espiritismo, o Consolador prometido por Jesus, é a grande e novel ferramenta que executará a igualmente grande obra de regeneração do mundo pela revivescência dos princípios libertadores da doutrina cristã, conclamando os homens e os Espíritos, isto é, encarnados e desencarnados, ao concerto universal, vibrando em uníssono o coro dos Anjos na noite inolvidável do Advento: "Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade!"

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