Esta data no Evangelho (15 de julho)

Francisco Muniz



Vem do capítulo 7 (referência a este mês) do livro do evangelista Marcos o assunto que abordaremos neste dia, 15 de julho, de modo que no versículo 15 lemos as seguintes palavras de Jesus:

"Nada há no exterior do homem que, penetrando nele, o possa tornar impuro; mas o que sai do homem, isso é o que o torna impuro."

Esse "ensinamento sobre o puro e o impuro" - assim a Bíblia de Jerusalém nomeia esse tópico - revela o caráter sagrado do vaso físico que Deus concedeu ao homem para abrigo de sua alma, o qual só é corruptível porque afeito à morte, que o desintegra. No mais, ele é incólume, guardadas as proporções, aos "ataques" vindos de fora, isto é, às vicissitudes da vida material - e Jesus se limita a especificar "quanto a comer e beber".

O mesmo não se dá quanto à alma, que se corrompe ao sujeitar-se às ilusões da matéria e às armadilha do ego enganador. O homem, a bem dizer, não é o corpo perecível, mas o conjunto formado com a alma - espírito encarnado -, através da ligação perispiritual.

Nesse conjunto, tudo está interligado; o sangue que circula por todo o corpo carreia magneticamente as boas ou más disposição do coração que, por sua vez, dá base aos sentimentos que o pensamento desenvolve ("A boca fala do que está cheio o coração", disse o Mestre).
 
Daí podermos dizer que o sangue impuro não macula um coração puro, uma vez que a pureza de coração é condição básica para a despoluição do sangue, pela força magnética que os bons pensamentos infundem sobre cada célula, que assim vibram em frequência elevada.

Por isso afirmou o Cristo, no Sermão do Monte, que são bem aventurados os puros de coração, "porque verão a Deus", ou seja, sintonizam com as vibrações das mais altas esferas vibratórias.

É por essa razão que os Espíritos Superiores nos informam. por intermédio de Allan Kardec (vide O Livro dos Espíritos), que Deus julga mais a intenção do que nossos atos.

E esse é mais um motivo para aplicarmos em nós mesmos, com mais intensidade, as sábias ponderações de Jesus quanto a orarmos e vigiarmos continuamente, a fim de não cairmos perante as tentações do mundo - tanto o físico quanto o extrafísico.

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