Esta data no Evangelho (13 de julho)

Francisco Muniz



Novamente recorremos à Epístola aos Hebreus, neste 13 de julho, para comentarmos o capítulo 13, o "Apêndice" no qual Paulo de Tarso faz as "Últimas recomendações" aos destinatários de sua carta. E o versículo 7 é uma preciosa exortação:

"Lembrai-vos dos vossos dirigentes, que vos anunciam a palavra de Deus. Considerai como terminou a vida deles, e imitai-lhes a fé."

Ah, Paulo fala aí dos tempos apostólicos, os quais são hoje uma doce recordação, quando muitos deles foram capazes de se entregar ao sacrifício em nome e honra daquele que se sacrificou por todos.
Daqueles tempos para cá, contudo, muito poucos exemplos os fiéis seguidores do Cristo têm tido para conduzir ou iluminar sua caminhada, mas esses poucos souberam e têm sabido honrar a tarefa que lhes coube, ou cabe, como instrumentos da Espiritualidade no papel de recordar as lições imortais de Jesus e herdadas pelo Cristianismo.
É então que nos lembramos do grande dirigente da Federação Espírita Brasileira que foi Bezerra de Menezes, cujo legado de amor e luz fez dele o grande apóstolo do Espiritismo no Brasil, ampliando em muito a faceta religiosa da Doutrina na terra do Cruzeiro.
Nesse aspecto, o solo brasileiro tem sido fecundo ao nos dar Cairbar Schutel e Eurípedes Barsanulfo, Luiz Olímpio Telles de Menezes e , verdadeiros desbravadores dos sertões das almas a fim de lhes levar, com a fé que os impelia, o contributo de luz para espancar as trevas da ignorância.
Todos eles abriram caminho para a atuação profícua do médium Francisco Cândido Xavier, que em mais de 70 anos de atividade em prol da disseminação da Doutrina Espírita realmente complementou o trabalho abnegado de Allan Kardec.
Hoje, nossa reverência recai sobre o tribuno baiano Divaldo Pereira Franco, que com sua obra social em favor das famílias e, principalmente, das crianças órfãs nos exemplifica as noções de caridade; com seus livros, continua a concretizar o estímulo do Espírito de Verdade aos espíritas relativamente à necessidade de instrução.
Será extremamente salutar, então, considerarmos como esses dirigentes acabaram ou estão terminando sua vida na Terra e, o quanto possível, imitarmos sua fé, toda ela alicerçada no ensino e nos exemplos de Jesus de Nazaré, cuja atuação no mundo se resumiu no verbo amar.

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