Títulos

Francisco Muniz



No encerramento do livro "No Mundo Maior", ditado pelo Espírito André Luiz ao médium Francisco C. Xavier, o Espírito Cipriana faz comovedora prece na qual exalta a grandeza do Mestre Jesus através de vários qualificativos.
Para ela, Jesus é o Doador da Vida, o Distribuidor do Sumo Bem e o Príncipe da Paz. É também o Mestre da Sabedoria, o Emissário do Amor Divino e o Pastor da Luz Imortal. E ainda o Distribuidor da Riqueza Infinita, o Embaixador Angélico, o Mensageiro da Boa Nova e o Companheiro da Eternidade.
Cipriana, em sua rogativa, refere-se a Deus como o Supremo Senhor do Universo.

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Uma vez, em visita a uma Casa Espírita na qual deveria proferir palestra, observei um cartaz em que Jesus de Nazaré aparecia conceituado com os mais diversos títulos. Entre eles, porém, não havia aquele que considero o maior dos epítetos com que podemos nos referir ao Messias: o de Amigo.
Com efeito, Ele, tendo vindo em nome do Amor para nos ensinar o caminho de volta à esfera do amor, derramou-se amorosamente sobre as inquietações humanas e até hoje nos convida às manifestações do amor incondicional, amando-nos uns aos outros como Ele nos amou e ama ainda.
Porque amigo é aquele que ama, mesmo que não encontre reciprocidade para esse amor. E Jesus é nosso Divino Amigo, um amigo que compreende nossas fraquezas mas oferece-nos a força de suas lições; que respeita nossa inferioridade mas aponta o meio de nos elevarmos até Ele.
No episódio crucial de seu messianato, Ele, na última refeição com seus apóstolos, declarou que um deles O trairia, ouvindo de Judas Iscariotes a pergunta: "Serei eu?" Em resposta, o Mestre pede-lhe brevidade na ação, chamando Judas de amigo, porque o amava, com o amor que supera as adversidades, afronta os poderes mesquinhos do mundo e perdoa os traidores.
Um dia haveremos de também amar assim!

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