Será que fomos nós?

Francisco Muniz


Como surgem os vírus e as pandemias? Certamente não são um “castigo de Deus”, mas será que temos parte nisso ou alguém que não sabemos quem seja é que provoca nosso mal?
Numa edição de junho da revista Época, totalmente dedicada à questão do coronavírus, a escritora e jornalista canadense Padma Viswanathan, tradutora das obras de Graciliano Ramos, faz interessantes considerações.
Segundo ela, “desde que Susan Sontag cristalizou a ideia em Aids e suas metáforas, tornou-se lugar-comum pensar em pestes como invasões. “Uma característica do roteiro habitual da peste: a doença sempre vem de outro lugar”, ela escreveu, listando nomes do séculos XV para sífilis – os ingleses chamavam de “mal francês”, enquanto era morbus germanicus para os parisienses, mal napolitano para os florentinos, a doença chinesa para os japoneses”.
Ainda de acordo com Padma, “nós queremos acreditar que as pestes nos visitam ou são visitadas por nós, vindo de longe, que não são nossas e muito menos nossa culpa”. Ela cita Marcel Camus que, em seu livro A Peste, traduzido no Brasil por Graciliano Ramos, mostra a peste “surgindo espontaneamente da população de Oran (a localidade fictícia em que Camus ambienta seu romance). Sugiro a leitura desses trabalhos, assim como o artigo de Época.
Mas o que a jornalista canadense talvez não saiba e tanto Camus quanto o autor alagoano sequer desconhecessem, provavelmente, é que a mente humana tem a capacidade de criar vírus e bactérias, bastando para isso que alimente pensamentos e emoções de baixa vibração.
Essa informação nós a colhemos no livro Os Mensageiros, que o Espírito André Luiz ditou ao médium Francisco Cândido Xavier em 1944. Nessa obra, André relata ter visto, com espanto, estranhas nuvens escuras sobrepairando a população de transeuntes nas ruas do Rio de Janeiro – claro, no ambiente astral.
Instado por seu instrutor a observar mais de perto aquele fenômeno, André Luiz reconheceu a multidão de microorganismos e foi informado de que somos nós, os seres encarnados, os responsáveis por sua criação.
A partir dessa constatação, podemos agora responder às perguntas feitas na abertura deste artigo.

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