O dedo da vela

Francisco Muniz


Quilômetros de trevas são incapazes de impedir o brilho da chama de uma simples vela. No entanto, basta um sopro do vento para apagá-la...
Agindo invigilantemente, tornamo-nos esse sopro em diversas situações de nossa vida e especialmente conseguimos observar esse comportamento aqui, nesta rede social que, como resultado do progresso material do ser humano, deveria ser instrumento do progresso moral das criaturas.
Mas a cada vez que criamos ou compartilhamos postagens desabonadoras sobre alguém, sobre instituições e mesmo sobre este ou qualquer outro país, denegrimos nossa própria imagem, por mais "curtidas" essas postagens recebam.
O clique não é a ação de um dedo, mas a veiculação de um pensamento banhado por sentimentos e emoções contraditórios, uma vez que todos queremos o melhor para nós mesmos, para os outros, especialmente aqueles que comungam conosco, para as instituições que nos servem e para nosso país, porquanto só reclamamos quando nossos desejos e expectativas não são atendidos.
Nesse querer, de qualquer modo, ainda há muito de um egoísmo insuspeitado e para superá-lo bastaria que aqui postássemos somente informações positivas, comprometidas com o Bem, com o Belo e com a Justiça, ou simplesmente nos eximíssemos de emitir opiniões contundentes e depreciativas, porque... quem semeia vento, colhe tempestade.

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