Duas palavrinhas sobre "Kardec", o filme

Francisco Muniz


Não há dúvida de que Wagner de Assis fez uma bela homenagem ao Codificador da Doutrina Espírita, mostrando um Allan Kardec verdadeiramente humano, capaz de rir e chorar, se alegrar, duvidar e sentir medo, mas mantendo fé em suas convicções, superando obstáculos para a disseminação da Verdade. E sua amada Amélie em muito contribuiu para seu sucesso.
Fui ao cinema achando que poderia dormir durante a exibição e até pedi a minha filha Ananda que não me acordasse se o sono me vencesse, mas fiquei bem acordadinho vendo as cenas se sucederem. É um filme dinâmico, nada cansativo, e me deu ocasião de fazer alguns comentários jocosos (no bom sentido) ao ouvido de minha acompanhante, especialmente diante da obsessão sobre a Sta. Japhet.
Na sessão no Espaço Itaú, a sala estava bem vazia e nem por isso posso dizer que todos ali fossem espíritas, porque o filme é também destinado ao público leigo, embora somente os aprendizes do Espiritismo possam entender certas passagens.
Por fim, gostei do arranjo dos autores quanto ao auto de fé de Barcelona, fazendo Kardec assistir à queima dos livros em desdobramento, após ter desmaiado em Paris. E observo uma coincidência: o Prof. Rivail assistiu pela primeira vez a uma sessão de mesa girante numa terça-feira de maio, em meados do século XIX. E foi numa terça-feira de maio que eu assisti a um filme sobre as mesas girantes quase dois séculos depois...

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