A mulher estrangeira

Francisco Muniz


Nesta manhã, compelido a abrir a Bíblia, li os cinco primeiros versículos do capítulo do livro Provérbios, versando sobre "a sedução estrangeira". Eis o texto:

"Meu filho, conserve as minhas palavras e guarde os meus preceitos. Observe os meus preceitos, e você terá a vida. Guarde a minha instrução como a pupila dos seus olhos. Amarre-a nos dedos e a escreva na tábua do coração. Diga à sabedoria: "Você é minha irmã". Trate a inteligência como amiga, para que ela o proteja da mulher estrangeira e da estranha que seduz com a palavra."

***
Como a maioria dos textos bíblicos, senão todos, esse também, por seu simbolismo, permite diversas interpretações. Faz lembrar, inicialmente, os conselhos recebidos de nossos pais, na infância e juventude, mas pode ainda remeter aos cuidados que devemos ter na convivência comum, quando não sabemos quem está por trás das máscaras sociais ou, agora, das físicas.
Mas, principalmente, essas palavras da Bíblia dizem respeito às ideias que tentam nos impor, razão pela qual é necessário desenvolvermos recursos como o discernimento, o bom senso e o raciocínio lógico. Assim nos tornamos irmãos, mais que amigos, da sabedoria, para nos mantermos a salvo de ideias estapafúrdias embaladas no papel colorido da sedução.

Comentários