O jogo se resolve

Francisco Muniz


De tanto "perder" tempo me divertindo com o Candy Crush Friends, no qual estou perto de superar a fase de número 600, percebi que em várias delas, senão todas, o jogo tem um mecanismo que permite resolver-se sozinho, automaticamente, após diversas tentativas.
E como gosto de filosofar um pouco, pensei em fazer uma analogia entre esse fato e as circunstâncias da vida da gente, encontrando algumas imagens no mínimo interessantes.
Por exemplo: o joguinho do computador ou celular é ação de um programador autor do mecanismo que faz com que ele, o jogo, se resolva quando você fez inúmeras tentativas malsucedidas e de repente, sem entender o que se passou, dá com a solução.
Na vida acontece algo parecido, do ponto de vista da realidade do Espírito. Neste caso, o programador é Deus e os mecanismos do jogo são suas leis sábias e perfeitas - e imutáveis.
Nesse jogo, o que conta é tentar incessantemente encontrar a solução, estando atento às variáveis ou possibilidades de acerto, que redundam em mérito ou necessidade.
Assim, ao fim de tantas tentativas, num certo momento vamos ativar um dos mecanismos e veremos, surpresos, que o jogo da vida se resolveu numa de duas muitas fases. Mas para isso é preciso tentar, caso contrário não teremos o mérito premiado nem a necessidade atendida, conforme o caso.
É o que ressalta da recomendação do Cristo quanto a perseverarmos até o fim para que nos salvemos da ignorância que nos mantém na inferioridade relativa em que nos encontramos. E perseverarmos significa tão somente tentarmos o tempo todo, não desistirmos nunca, sem nos preocuparmos se vamos conseguir ou não. Além do mais, o Mestre avisou que se dará àquele que pede, e a porta se abrirá àquele que bate com insistência.
Confiemos, portanto, e sigamos lutando, certos de que o jogo se resolve, mas é preciso que tomemos a iniciativa movendo as peças no tabuleiro, colaborando com o esforço do Programador.

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