Asas

Francisco Muniz



Quando vejo um passarinho preso, penso logo qual crime ele teria cometido. Pessoas há que gostam de engaiolar passarinhos e eu mesmo já tive de tomar conta de um nessa condição, certa vez. Tive vontade de deixar a portinhola aberta para o bichinho escapar, mas eu não tinha esse direito e me desincumbi bem da tarefa.
As pessoas são como passarinhos engaiolados, uma vez que todos somos espíritos cativos no corpo ansiando pela liberdade. Um amigo fez essa bela analogia durante um velório, afirmando que na gaiola o passarinho canta um canto triste, mas, liberto, canta com alegria, tanto quanto os pássaros que vivem livremente...

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