Ondas mentais e frequência vibratória: sintonia espiritual

Francisco Muniz



Aqui fazemos uma breve síntese da abordagem que o Espírito Manoel Philomeno de Miranda realiza no capítulo 23 do livro Reencontro com a Vida, publicado em parceria com o médium Divaldo Franco. 

Logo no prefácio de seu livro Mediunidade e Sintonia, psicografia de Chico Xavier, o mentor espiritual Emmanuel sugere aos médiuns espíritas modificarmos o velho rifão popular “diga-me com quem andas e eu te direi quem és” para esta nova versão: “diga-me o que pensas e eu te direi com quem andas”. Para Emmanuel, desse modo podemos entender como se processa a sintonia entre as mentes envolvidas no intercâmbio mediúnico, embora ele julgue procedente questionar: “Sintonia para que e com quem?”, porque esse intercâmbio nem sempre é salutar, uma vez que as mentes incautas de desencarnados frequentemente sintonizem com outras de baixa frequência vibratória, causando desagradáveis perturbações.

Assim, as ponderações de Philomeno chegam-nos com a finalidade de ficarmos atentos à recomendação do Cristo sobre orarmos e vigiarmos, mantendo a mente sempre sintonizada com o bem maior, porque “conforme as faixas em que se distendam as mensagens emitidas por alguma fonte, logo se dá o processo de afinidade em ressonância, robustecendo as forças no encontro com outra semelhante”. Isso quer dizer que não somente recebemos como enviamos essas mensagens, em permuta constante de pensamentos e sentimentos de acordo com nosso padrão mental, o qual precisamos modificar com alguma urgência a fim de atrairmos somente boas ideias e sentimentos elevados, porquanto “toda vibração desencadeada repercute no Infinito até encontrar outra idêntica, na qual se incorpora”, diz o Instrutor Espiritual.

De acordo com Manoel Philomeno esse cuidado com o teor vibratório próprio, o que quer dizer autocontrole emocional, é de fundamental importância para o equilíbrio das criaturas e harmonização das condições externas, posto que “quando se esmaga delicada flor agride-se a harmonia cósmica, e quando se ensementa um grão que germinará abençoa-se o Universo”. Em decorrência da sintonia por afinidade vibratória, “os semelhantes se mesclam, enquanto os diferentes teores vibratórios chocam-se e repelem-se”, diz o Instrutor. Pensando nisso, podemos entender e explicar as relações simpáticas e antipáticas observadas pela vida afora. Se é assim entre nós, encarnados, será também entre nós e os desencarnados.

Philomeno acrescenta que “a sintonia mental e moral dá-se dos mais variados níveis de vibrações: ascendente e descendente”. E mais: “Por efeito das cargas orgânicas e dos instintos predominantes na conduta, os desejos infrenes e perturbadores emitem ondas poderosas que se expandem nos campos constituídos pelo mesmo teor de energia em que se debatem os infelizes desencarnados, logo alcançando-os e atraindo-os para o convívio emocional”. Aí se originam os processos enfermiços conhecidos como obsessão, para os quais há recursos saneadores, como a prece e a reforma dos padrões mental e emocional: “Basta que o enfermo espiritual permita-se uma brecha de reflexão e de real desejo de elevar-se e dispara um sinal que o liga aos receptores de uma dessas Estações de vigilância, logo recebendo a resposta, em forma de socorro, ânimo e libertação”.

O Orientador conclui dizendo ser “natural que todos hajam passado por essa vereda de sofrimentos, de lutas, de sombras, a noite escura a que se referia São João da Cruz, nas suas profundas reflexões ante a claridade diamantina do Inefável Amor”. Assim sendo, “cumpre a todos, Espíritos e criaturas humanas, o dever de sublimar a sintonia psíquica, alçando-se às zonas nobres da Espiritualidade, a fim de desfrutarem de paz e real alegria de viver desde agora.”

Comentários