O papel da mediunidade

Francisco Muniz

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Nas terças e quintas-feiras, o estudo coletivo do Evangelho Segundo o Espiritismo (terceira obra basilar da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec) na Casa onde trabalho é feito com a participação da assistência e assim o público é convidado a fazer perguntas por escrito sobre o tema abordado por um expositor. Desse modo, dúvidas são dirimidas e o aprendizado se facilita de parte a parte.
Dia desses, alguém dentre os participantes perguntou "qual o papel da mediunidade?", aproveitando que o assunto em análise - "Dom de curar", que abre o Cap. XXVI, "Dai gratuitamente o que de graça recebestes" - dava azo ao questionamento.
O expositor explicou muito bem a utilidade da faculdade mediúnica, concessão divina para o progresso espiritual das criaturas, mas fiquei imaginando que, a julgar pelas variadas informações dos Espíritos, mesmo a partir do que Kardec coloca em O Livro dos Médiuns, a mediunidade tem mais de um papel a desempenhar no mundo.
Então vejamos: temos a mediunidade como papel mata-borrão, que faz o médium, ultra-sensitivo, absorver as energias presentes nos ambientes onde se encontre, graças à lei do magnetismo, através do qual o perispírito manifesta a propriedade de atrair ou repelir fluidos, uns compatíveis, outros não.
Vemo-la também como papel carbono, que faz o médium assimilar, pelos mesmos princípios da lei de atração e de sintonia, os característicos de seus acompanhantes invisíveis: se são bons, procede bem; se não, comporta-se em desequilíbrio.
É, ainda, o papel ofício, considerando a responsabilidade do médium que se orienta pelo Espiritismo de ser um servidor do Cristo junto aos necessitados, sejam eles os desencarnados ou os encarnados. Há que se admitir que a mediunidade foi concedida aos homens - a todo e qualquer - para o devido aperfeiçoamento moral, desde quando se instruam e compreendam que essa faculdade não é sua, sendo utilizada unicamente pelos Espíritos que a trabalho lhes vêm orientar.
Mas, deixando as analogias de lado, a mediunidade tem um papel dos mais importantes no âmbito da ciência espírita, sendo o principal instrumento de investigação do objeto mesmo dessa ciência: o Espírito. Com essa ferramenta, torna-se possível devassar o panorama espiritual, através de faculdades como a vidência, a clariaudiência, o desdobramento e a psicometria, por exemplo.


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