O sofrimento humano e a hora do Evangelho

(Irmã Rafaela)


Filho meu, filho querido, a ti as bênçãos do Céu.
O Deus bom e misericordioso, pai amoroso de todos os seus filhos, quer que nos reunamos, encarnados e desencarnados, para o concerto sublime das bem-aventuranças. Por intermédio do Cristo Jesus e de sua imensa legião de emissários, dentre os quais também me inscrevo, o Pai Altíssimo manifesta sua soberana vontade para com toda a Humanidade sofredora, ainda padecendo sob os golpes da própria incúria, da própria ignorância.
Os homens sofrem a dor de não saberem que são esses filhos bem-amados do Criador de tudo. Eles precisam ser esclarecidos e para tanto os esforços do Alto são sempre incessantes. Cada vez mais os prepostos do Senhor têm se esmerado nesse mister, a fim de fazerem com que a luz que o meigo Rabi da Galileia espalhou sobre a superfície escura do planeta continue a brilhar.
É sempre hora, portanto, do Evangelho, embora uma parte da Humanidade lhe dê as costas, mesmo sentindo-lhe a necessidade, mesmo antevendo-lhe a presença, mesmo entreouvindo-lhe os apelos libertadores. O homem, incauto qual se encontra, teima em manter-se cativo de si mesmo, desatento quanto às próprias responsabilidades e, por isso, distante da tão almejada felicidade.
Compete aos devotados cooperadores do Cristo a tarefa de esclarecê-los, através do verbo lúcido e comprometido com os sagrados ideais, para que a grande massa dos desvalidos encontre não só o lenitivo para as dores imediatas, mas principalmente o remédio que lhes trará a cura definitiva dos grandes males que encarceram a alma nos resvaladouros do crime e da loucura, prisões essas que, pela imensa bondade do Senhor, já deveriam ter desaparecido da Terra.
É preciso que cada vez mais irmãos nossos despertem - com alguma urgência - para a realidade que lhes é própria e, vivendo a condição de espíritos imortais, passem a cantar conosco o doce hino do compromisso com aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida e nos convida para o grande banquete da vida eterna...

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