Sobre o desencanto



Na manhã deste domingo, dia 15 de março, o Centro Espírita Deus, Luz e Verdade promoveu mais um seminário sob a condução do médium e tribuno José Medrado, do qual constou também a realização de pinturas mediúnicas. Sabemos, contudo, que muito mais importante que o fenômeno é a lição doutrinária e nessa parte Medrado, com seu jeito histriônico de sempre, deu seu recado.
Em meio a alguns casos recheados de humor, levando os presentes a boas risadas, o expositor começou dizendo do grande desânimo que acomete a população brasileira, nem tanto por conta da situação política, mas pelo desencanto nos relacionamentos, fazendo com que muitos digam já não agüentar mais certas situações.
Pessoas casadas há apenas seis meses dizem não mais suportar o cônjuge e manifestam a vontade de se separarem, informou Medrado. Nas empresas, poucos têm paciência com empregados, colegas e chefes, tornando a convivência quase impossível, o que só ressalta o comportamento marcado pela arrogância e outros vícios morais que só deslustram a personalidade nestes tempos tumultuados.
Tudo isso afasta as pessoas, comprometendo os relacionamentos saudáveis, tanto quanto a má utilização dos avanços tecnológicos que em teoria preconizam a melhoria da comunicação entre seus usuários, mas o que se vê são familiares distanciados entre si e na mesma casa se comunicando através de aparelhos. Segundo Medrado, isso é um absurdo. É preciso, disse ele, tentar modificar esses quadros tristes.

Tentem novamente, pediu, recordando certa composição de Raul Seixas, que inclusive fez questão de tocar, conclamando os presentes ao seminário à mudança de atitude, a fim de se responsabilizarem pelo bem-estar próprio e também do outro. Caridade não é só dar coisas aos necessitados, ponderou, afirmando que é dar também o alento, aumentando o ânimo de quem se encontre desencantado da vida...

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