O fenômeno Chico Xavier

Luiz Carlos D. Formiga


De tempos em tempos surgem fenômenos, raros e surpreendentes, que nos deixam atônitos. No início de 2010, 2 de abril, ocorreu um deles. Somente em 1931, após a publicação do primeiro livro, é que o fato inusitado viria a público maior. De lá para cá, centenas de autores voltariam aos livros por seu intermédio. E, pasmem, milhões de exemplares foram vendidos em todo o mundo. Foram traduzidos em diversas línguas estrangeiras. Ele, no entanto, chegou apenas ao quarto ano primário. Conta-nos que só foi promovido através de "cola paranormal", difícil de ser surpreendida por um "professor normal". Segundo seu depoimento, recebeu inspiração de espíritos para redigir uma composição na prova final.
Apesar de altamente lucrativos, nunca aceitou qualquer dinheiro dos livros e nem mesmo admite a sua autoria. Tudo é revertido em benefício de obras de caridade.
Por que recebeu essas mensagens? "Um dia, eu perguntei ao Emmanuel por que é que recebia essas mensagens, como e por que as recebia. Ele então me disse assim: - "Eu vou te dar uma resposta possibilitando o teu entendimento. Se uma laranjeira fosse interpelada, por um botânico, quanto ao processo de fabricação da laranja no íntimo dela, laranjeira, ela talvez ficasse confusa e nunca mais daria laranjas."
Qual o significado de tantos anos de mediunidade "em tempo integral e dedicação exclusiva"? Chico nos informa: "Um amigo espiritual, em se comunicando aqui, numa página que considero muito interessante, contou que um guia espiritual perguntou a um mentor das esferas mais altas o que significam 60 anos de trabalho espiritual ininterrupto, e o outro respondeu que para Jesus significaria seis minutos."
Divaldo Franco identifica-o como "o apóstolo dos tempos modernos": "É aquele que representa o que Gandhi tanto lutou - o homem da paz. É o homem símbolo, caridade, luz. É o homem que se notabilizou pela renúncia e que se santificou pelo amor. E que, vivendo, vem morrendo em favor de um mundo melhor. Mesmo quando venha a desencarnar, viverá inatingível na memória daqueles que o conheceram. Sempre glorioso, ficará na memória daqueles que o conhecerão através de sua vida de abnegação, de bondade e de exemplos continuados."
Conclui Divaldo: "Este é, para mim, Chico Xavier, e para todos que tivemos a honra de viver no século em que ele nasceu e realiza o seu mediunato em nome de Jesus."
A este "homem chamado Amor" Emmanuel advertiu para a ordem que convém ao funcionamento regular de uma organização, para a observância de preceitos e normas e, ainda, para a relação de subordinação do aluno ao instrutor: "Disciplina, disciplina, disciplina." André Luiz complementou: "Se você não acredita em disciplina, observee um carro sem freios."
Lecionando humildade, a virtude que nos dá o sentimento da nossa insignificância, comentou os elogios a seu respeito: "Cada carta, cada mensagem, que criam destaques em todno de meu nome, é um convite a que eu seja o que ainda não sou e que devo ser, que preciso ser, e que peço a Deus ser algum dia."

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