O jugo leve

Francisco Muniz

(Conforme o primeiro tópico do Capítulo VI de O Evangelho Segundo o Espiritismo)

Sofremos bem mais quando causamos mal a outrem do que a nós mesmos.
Nós não sabemos sofrer. Acreditamos que ou estamos na Terra para pagar pelos erros cometidos no passado ou para ser felizes. Nem uma coisa nem outra. Estamos aqui para aprender e esse aprendizado, para a maioria, é feito com dor, porque no passado desprezamos oportunidades valiosas do ponto de vista de nosso processo educativo. Somos, pois, alunos repetentes na escola da Vida.
Devemos aprender que o sofrimento não é mau e nem é algo de que nos devamos livrar. Se temos a dor, não adianta ignorá-la ou evitá-la. Mas será bastante útil se soubermos viver com ela. "Se não ode vencê-los, junte-se a eles", diz o axioma, mas é com sabedoria que devemos encarar o sofrimento. Torne-o seu aliado e aprenderá com ele. Entenda-o, assimilando-o, e sofrerá menos. Veja-o como o amigo que em verdade é. Mais que motivo de lamentação, ele é estímulo de crescimento, como as crises, em geral, são o mecanismo de solução para muitos problemas, nos vários aspectos da vida.
Jesus nos faculta esse entendimento ao dizer que seu jugo é leve, porque Ele nos veio dar lições do mais puro amor. Todo nosso sofrimento decorre do fato de durante mito tempo termos palmilhado caminhos tortuosos, longe da senda amorosa que é a própria Criação divina. Criamos nosso próprio mundo - de trevas, desespero e sofrimento. Colhemos, agora, o que plantamos, ms o Senhor da seara, ou da Vinha, nos quer bons jardineiros e pede que plantemos a boa semente...

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