Reflexos de um seminário

Francisco Muniz

A música pop em inglês em volume relativamente alto costuma ser o fundo das sessões de psicopictografia (leia-se pintura mediúnica) protagonizadas por médiuns como José Medrado (Bahia) e Valdelice Sallum (São Paulo), por exemplo, conforme já tivemos ocasião de observar, pelo que pensamos poder tirar algumas conclusões, a partir do aprendizado feito no campo da mediunidade.
O volume alto é quase sempre alto, isto é, mais alto que o burburinho dos comentários que possam ser suscitados na assistência durante a realização de tais fenômenos, com a finalidade de anular o quanto possível a interferência energética conduzida por pensamentos e palavras, posto que esses comentários são por vezes inferiores, graças à invigilância de alguns assistentes, que não percebem ou simplesmente não sabem que seu comportamento pode gerar uma frequência energética contrária àquela de que os Espíritos manifestantes se utilizam para sua atividade através do médium.
Desse modo, nós, os assistentes, mais podemos atrapalhar que auxiliar no processo, embora queiramos participar muitas vezes com o propósito de colaborar, dados nosso desconhecimento quanto aos mecanismos da mediunidade e nossa invigilância quanto às necessidades dos Espíritos.
Na última participação de Medrado, realizada neste domingo no C. E. Deus, Luz e Verdade, alguém me perguntou por que esse tipo de música é usado para embalar essas manifestações. A esse respeito podemos dizer que o importante não é propriamente o tipo de música, mas a música em si mesma. Poderia, assim, ser a música clássica, erudita, aquela dita sacra, um canto orfeônico ou gregoriano... mas estas, pelo caráter marcadamente religioso, preso a determinado pensamento, vai condicionar uma postura possivelmente incompatível com as necessidades do momento.
A música que se toca, portanto, sendo de certa forma anódina (lembremos do muzak), facilitaria a postura dos assistentes porque, sendo em inglês (no domingo, ouvimos de Lionel Ritchie a ABBA, passando por uma série de vozes não reconhecíveis), geralmente, um idioma que poucos dominam por aqui, faz com que direcionemos as atenções para o acontecimento psicopictográfico, sem imaginar que algumas das letras dessas canções podem veicular mensagens talvez repreeensíveis ou desconfortantes...

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